Agências da Caixa voltam a ter filas quilométricas depois da suspensão de contas digitais

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O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, afirmou nesta terça-feira (21) que ‘centenas de milhares’ de contas poupança digital do banco, movimentadas pelo “Caixa Tem” e usadas para o crédito do Auxílio Emergencial, foram suspensas por suspeita de fraude.

Ainda segundo o banco, o total de contas bloqueadas seria equivalente a cerca de 5% do total de aprovados.

As pessoas que tiveram a conta bloqueada terão que comparecer a uma agência da Caixa e comprovar sua identidade, o que resultou na volta das filas quilométricas nas agências da Caixa em todo o Brasil.

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“O anúncio da liberação do auxílio foi de correria e multidões aglomeradas em frente às unidades bancárias. Clientes e usuários sem máscara, sem distanciamento, colocando em risco a saúde de todos e todas. Muitos colegas, que também são da linha de frente, se infectaram, para garantir o atendimento à população. E quando achamos que os problemas do auxílio já estivessem controlados, o próprio banco força uma segunda volta de aglomerações”, afirma a vice-presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

Por conta da pandemia, muitos bancários e bancárias do grupo de risco, seguem em home office. As entidades sindicais pressionam, cobram e até agora têm conseguido a prorrogação do Projeto Remoto, porém a Caixa está forçando o retorno gradual de diversos empregados e acabado com o revezamento que existia nas agências, além disso, tem deixado a decisão para os gestores.

A Comissão dos Empregados da Caixa critica comunicado enviado pelo banco na semana passada. “Diante da informação que a Caixa deixa a cargo de cada gestor a prorrogação ou não do Projeto Piloto, o que, na prática, é o fim do isolamento social, os representantes dos empregados registram a discordância com a atitude da Caixa. Reiteramos a necessidade de retomada das negociações entre os representantes da direção da Caixa com as entidades representantes dos empregados para efetivamente fazer valer os protocolos sanitários e de proteção”, diz o documento.

O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia.

 

Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT e G1

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