Após ataque, Mãe do Rio fica sem agência da Caixa

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Do que antes era o auto-atendimento da Caixa em Mãe do Rio, nordeste paraense, restaram apenas entulhos. Somente os caixas eletrônicos ficaram intactos, isso porque o alvo dos criminosos era o cofre; dele ficaram pedaços de ferro retorcidos espalhados pela agência, além de cédulas rasgadas em meio aos escombros.

Esse foi o cenário que ficou após explosão da agência na madrugada da última quarta-feira (30). “E nesse entulho e muita poeira, colegas bancários e funcionários de uma empresa de engenharia, tentavam reorganizar o espaço, somente pela parte da manhã, segundo a gerência local. À tarde ficariam somente trabalhadores da construção civil. O medo, reflexo da insegurança, se espalhou entre toda a categoria no município”, explica a dirigente sindical, Suzana Gaia, que esteve na cidade um dia após o crime, acompanhada de outro diretor do Sindicato, Saulo Araújo.

“Além do abalo emocional que é praticamente inevitável ao encontrar o próprio local de trabalho destruído, os bancários e bancárias da Caixa corriam risco com a poeira que se espalhou. Por isso reforçamos com o gerente sobre esse cuidado e atenção à saúde física e emocional dos colegas”, destaca Araújo.

Uma representante da Gerência de Logística estava na agência para fazer levantamento dos danos. Por pelo menos 30 dias a unidade estará fechada para atendimento ao público. O que já repercutiu em uma fila quilométrica na lotérica da cidade na quinta-feira (31).

Os dirigentes também entregaram calendário aos associados e associadas e informativos a todos os bancários e bancárias da Caixa, BB e Bradesco sobre assédio moral, demissão sem homologação e horas extras. Quem decidiu contribuir com a luta da categoria através da sindicalização já garantiu o calendário de mesa da entidade.

“As despesas de viagens como essa que fizemos para chegar aqui foram pagas com as contribuições de nossos associados e associadas, por isso a importância de seguir como sindicalizado que não somente paga sua mensalidade, mas também recebe vantagens como descontos em nossos convênios que se estendem aos dependentes devidamente cadastrados”, comenta Suzana Gaia.

Além da explosão, outro problema comum nas agências que não foram atacadas, BB e Bradesco, é o déficit no quadro funcional: de menos 2 no Bradesco e menos 1 no BB, o que sobrecarrega tanto na demanda quanto no atendimento.

“Vamos procurar às respectivas direções para tentar resolver essa questão que também é de saúde bancária, quem se sobrecarrega acaba adoecendo e acumulando funções, responsabilidades e cobranças”, finaliza o dirigente sindical, Saulo Araújo.

 

Fonte: Bancários PA

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