Assaltos a bancos crescem 14,36% em 2011, indica pesquisa da Fenaban

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Mesa temática de segurança bancária com a Fenaban - Foto: Jaílton GarciaA estatística nacional da Febraban sobre assaltos a bancos, consumados ou não, indicou 422 ocorrências em 2011, um crescimento de 14,36% em relação a 2010. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira (1º) para a Contraf-CUT, federações e sindicatos, durante a mesa temática de Segurança Bancária, em São Paulo. O diretor jurídico do Sindicato dos Bancários do Pará e diretor da Fetec-CUT/CN, Sandro Mattos, participou da reunião.

A revelação semestral de assaltos a bancos foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2010, e está prevista na Cláusula 31ª da Convenção Coletiva de Trabalho de 2011/2012. Os casos de sequestros estão incluídos, segundo a Fenaban.

O crescimento de assaltos em 2011 quebra uma tendência decrescente de ocorrências nos últimos anos, conforme apontam os números apresentados pela Fenaban.

Confira a evolução da estatística da Febraban:

. 2000 – 1.903
. 2001 – 1.302
. 2002 – 1.009
. 2003 – 885
. 2004 – 743
. 2005 – 585
. 2006 – 674
. 2007 – 529
. 2008 – 509
. 2009 – 430
. 2010 – 369
. 2011 – 422

Carta em defesa das portas giratórias

A Contraf-CUT entregou uma carta para a Fenaban, manifestando “a grande preocupação dos bancários de todo Brasil diante da política adotada por alguns bancos de retirada das portas giratórias”. Para a entidade, “trata-se de um retrocesso perigoso, que é inaceitável”. A reivindicação é “a manutenção e a ampliação das portas giratórias para todas as agências e postos de atendimento”.

> Clique aqui para ler a íntegra do documento.

Bancários cobram números de arrombamentos e “saidinha de banco”

Os bancários solicitaram também os números dos arrombamentos a bancos, uma vez que esses ataques dispararam nos últimos anos, sobretudo com o uso de explosivos. A Fenaban disse que não possui números, alegando que ocorrem fora do horário de atendimento, não envolvem pessoas e seriam problemas de segurança pública.

As entidades sindicais ainda solicitaram dados sobre o crime da “saidinha de banco”, mas a Fenaban voltou a dizer que é um problema de segurança pública. Os bancários rebateram.

Portas giratórias e “saidinha de banco” na pauta da próxima reunião

A próxima reunião trimestral da mesa temática, conforme estabelece a convenção coletiva, será realizada em maio. A data ficou de ser agendada posteriormente.

Os bancários pautaram dois assuntos para discussão: portas giratórias e “saidinha de banco”. As entidades frisaram que os bancos possuem recursos para ampliar os investimentos em segurança. Segundo pesquisa do Dieese, com base nos balanços de 2011 dos cinco maiores bancos, as despesas de segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% do lucro líquido de R$ 50,7 bilhões.

Em 2011, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa, 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país, uma média de 4 vítimas por mês, na sua maioria clientes. Em 2010, houve 23 ocorrências.

Participaram da mesa temática represetantes da Fetec-SP, Fetec-PR, Feeb RJ-ES, Fetraf-MG, Fetrafi-RS, Fetrafi-NE, Fetec-CN e Feeb SP-MS.

Fonte: Bancários PA e Contraf-CUT

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