Na próxima terça-feira (18), a greve no Banpará que já completou 11 dias vai ganhar reforço. Bancários e bancárias de todo o Brasil começam uma grande paralisação por tempo indeterminado.
Nesta sexta, dia 14, o Sindicato dos Bancários realizou uma manifestação em frente ao prédio da Sutec em Belém para protestar contra a intransigência da direção do Banpará, que além de não apresentar uma proposta decente ao seu funcionalismo, estaria recrutando bancários que trabalham no interior do Estado para furarem a greve.
“Para atrair esses trabalhadores aqui para a capital, o banco estaria prometendo pagar diária. Isso nada mais é do que uma prática antissindical do Banpará contra nosso movimento legítimo e pacífico; mas nós temos nossas estratégias também contra a postura intransigente da diretoria do Banpará; que é além de protestar e grevar, fazer denúncias junto ao Ministério Público e ao Tribunal Regional do Trabalho; mas é de fundamental importância que a categoria se junte à luta e fortaleça a greve. Cada trabalhador que mesmo com as agências fechadas resolve entrar para trabalhar está mostrando ao banco que aceita o assédio moral, o cumprimento de metas e a proposta rebaixada do banco”, garantiu a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Desde o dia 4 de setembro, início da greve, a adesão por parte do funcionalismo é cada vez maior, porém ainda tem gestor que assedia os trabalhadores para furarem a greve. “As poucas agências, que abriram precariamente, infelizmente ainda têm gerentes que não respeitam o direito de greve e pressionam quem quer lutar por seus direitos. A direção do Banpará manda mensagens, e-mails, ameaçando descontar os dias parados; porém é preciso que cada trabalhador tenha a consciência de que durante a greve o contrato de trabalho fica suspenso. Isso significa que ninguém é obrigado a trabalhar”, esclareceu a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Érica Fabíola.
Na matriz, a Fetec-CN fortalecia o movimento. “Não vamos sair da greve com essa proposta 1,99, exigimos respeito e aumento nas verbas salariais dignos assim como os assessores que tiveram quase 100% de reajuste em suas comissões. E na próxima semana, a greve que começou primeiro aqui no Pará vai ganhar apoio nacional”, disse a diretora da Federação e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.
Diretora do Sindicato sofre ameaça de gerente – “Hoje mesmo uma gerente do interior teve a cara de pau de me mandar um recado ameaçador. Eu não sou de me acovardar com ameaças desse tipo e me admira muito que alguém se preste a transmitir esse tipo de intimidação”, afirmou a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves.
No primeiro dia de greve do Banpará, a mesma dirigente sindical foi agredida pelo presidente do banco. Relembre aqui o caso.
Fonte: Bancários PA
