Bancárias definem calendários de luta contra os retrocessos

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O Coletivo de Mulheres da Contraf-CUT e a CGROS- Comissão de Gênero e Raça e Orientação Sexual e Trabalhadoras e Trabalhadores com Deficiência estiveram reunidos terça e quarta-feira (8) na sede da Contraf CUT para definir estratégias de luta para o próximo período. O momento político é um cenário de retrocessos para a classe trabalhadora com um impacto ainda maior na vida das mulheres. Um dos temas centrais do momento é a luta contra a reforma da previdência proposta pelo governo, que vai atingir duramente a todos os trabalhadores e principalmente às mulheres.

As bancárias paraenses foram representadas pela presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim e pela diretora de Delegacias Sindicais da entidade, Odinéa Gonçalves.

“A reunião do coletivo foi muito importante pra organização das agendas de atividades para as bancárias, visando organizar as mulheres da categoria nos desafios que temos na atual conjuntura, com essas diversas ameaças aos direitos dos trabalhadores, além da reforma da previdência que está na ordem do dia. Temos que tirar estratégias para somar junto com toda classe trabalhadora uma grande frente de resistência aos ataques que estamos sofrendo e faremos isso nessa sexta-feira, dia 9, durante a primeira reunião do ano do Coletivo de Mulheres Bancárias. Contamos com a presença de todas!”, convida Rosalina Amorim.

Mulheres serão as mais prejudicadas com a Reforma da Previdência – A reforma prejudica ainda mais as mulheres, pois a proposta prevê igualar a idade entre homens e mulheres em 65 anos, com a possibilidade de aumento de um ano cada vez que a expectativa de vida se eleva, dentre outras condições que ferem ainda mais os direitos das mulheres.

Os coletivos definiram que é preciso ir para a ruas contrapor o discurso da mídia e debater com a população sobre o que realmente está em jogo, que é a redução dos benefícios e a perda de direitos: “Vai prejudicar demais os trabalhadores com o impacto ainda maior para as mulheres. É um retrocesso que não podemos aceitar, vamos lutar em todas as frentes”, afirma Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Na terça-feira (8) os integrantes dos dois grupos participaram do seminário sobre paternidade responsável promovido pelo Sindicato de São Paulo. O objetivo era obter informações para aprofundar o debate nos sindicatos para a implantação dos cursos obrigatórios previstos na lei que ampliou a licença paternidade para vinte dias. O Sindicato de São Paulo é o primeiro a criar o curso, já tem uma turma formada cujo curso começa no dia 14 e uma lista de espera para as próximas turmas.

“Entendemos a importância que os bancários façam o curso no Sindicato para que o bancário tenha acesso a um olhar mais qualificado sobre o que significa seu papel na relação com o bebê que acaba de chegar”, afirma Elaine Cutis.

Licença-paternidade – Conquista da Campanha Nacional 2016, a licença-paternidade de 20 dias está prevista na cláusula 26 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

“Entendemos que a licença-paternidade é um importante avanço, mas a nossa reivindicação é a de que o pai também tenha seis meses com acriança. A presença dos pais durante o primeiro ano o bebê é de extrema importância”, destaca Elaine.

A ampliação da licença-paternidade dos atuais 5 (cinco) dias para 20 (vinte) dias poderá acontecer desde que haja adesão expressa do banco empregador ao Programa Empresa Cidadã, instituído pela Lei nº 11.770, de 09.09.2008, alterada pela Lei 13.257/2016 e, desde que o empregado a requeira, por escrito, no prazo de 02 (dois) dias após o parto, bem como comprove a participação em programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável.

O empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança fará jus ao direito desde que a requeira no prazo de 30 (trinta) dias após a respectiva adoção ou sentença judicial.

 

 

Fonte: Contraf-CUT com edição Bancários PA

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