Bancários do Pará exigem negociações sobre saúde com Bradesco

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Sindicato e funcionários do Bradesco no Pará exigem negociações sérias sobre questões de saúdeA saúde dos funcionários e funcionárias do Bradesco foi tema de negociação na semana passada entre a instituição com a Contraf-CUT, Federações e Sindicatos. Mas o Banco, mais uma vez, frustrou a expectativa dos bancários e não apresentou proposta concreta sobre as questões do seguro saúde médico e odontológico dos trabalhadores.

Em resposta a tanta intransigência, o Sindicato dos Bancários retardou a abertura da agência Bradesco Marajó em uma hora na manhã desta quarta-feira (4), Dia Nacional de Luta dos funcionários do Banco.

“Bancário precisa de saúde e a família dele também, mas para isso é preciso que o Bradesco ofereça um plano de saúde de qualidade e inclua os pais e as mães dos trabalhadores que em sua grande maioria dependem financeiramente da ajuda dos filhos”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Saulo Araújo.

O plano de saúde dos trabalhadores, Bradesco Saúde, está defasado há 22 anos. A base de cobertura é ainda de 1989 quando houve a sua contratação, porém de lá pra cá não houve melhorias e tão pouco modernização nos atendimentos prestados.

Diretor Saulo Araújo reivindicou extensão do plano de saúde médico e odontológico aos pais dos funcionários e também aos aposentados do Bradesco“Os bancários não possuem atendimentos em diversas especialidades, como psicologia e psiquiatria, áreas bastante procuradas pela categoria que adoece devido à pressão e cobrança no cumprimento das metas. É preciso ampliar as especialidades médicas cobertas pelo plano”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Além disso, há limitações para fazer procedimentos em uma mesma especialidade. Por exemplo, se o médico solicitar ao paciente um exame do ombro e outro da coluna, o usuário tem de escolher apenas um. O outro só poderá ser feito após 30 dias. Isso quando há profissional, porque em muitas regiões do Brasil falta credenciamento de médicos no plano, obrigando os bancários a se deslocarem até outras cidades em busca de atendimento.

A situação é tão precária que o plano dos funcionários do Bradesco sequer é regulado pela lei federal 9656/98 por ser anterior a ela. Entretanto, a Agência Nacional de Saúde (ANS), como agência reguladora e fiscalizadora do setor, criada em 2000, deve submeter o Bradesco Saúde aos seus crivos.

Diretoria do Sindicato garantiu retardamento da abertura da agência Bradesco Marajó por 1 horaConforme a Resolução Normativa 254 da ANS, a partir do dia 4 de agosto, o Bradesco não poderá mais incluir novos funcionários na apólice de saúde vigente. Caso o banco não se comprometa a fazer adaptação ou migração para as novas normas, ele terá que abrir uma nova apólice para receber os novos funcionários, o que acabará gerando diferenciação de atendimento entre novos e antigos funcionários.

Plano odontológico precário – Outro problema grave enfrentado pelos bancários do Bradesco é o serviço prestado pelo plano odontológico. Muitos profissionais têm deixado o plano por conta do aumento da burocracia após a fusão da OdontoPrev com o Bradesco, criando a rede UNNA.

Com isso, o plano que já tinha poucos profissionais em diversas regiões passou a ser quase nulo em algumas localidades. Tem ocorrido um verdadeiro descredenciamento em massa do plano. Além disso, alguns procedimentos modernos ainda não são cobertos pelo plano, como a ortodontia, implantologia, reabilitação oral. A cobertura do plano não vai além de extração e obturação dentária.

Plano de saúde na aposentadoria – As entidades sindicais também reivindicam a manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes para os funcionários na ativa.

Fonte: Bancários PA, com Contraf-CUT

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