Bancários protestam contra a intransigência da FENABAN

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Sindicato realizou protesto em frente ao HSBC São Braz contra a intransigência dos banqueiros na mesa da FenabanCom carro som e distribuição de informativos à população sobre o andamento das negociações entre o Comando Nacional e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Sindicato dos Bancários do Pará esteve na manhã desta quinta (16) em frente a agência do HSBC São Braz, em Belém, para protestar contra a intransigência dos banqueiros.

Sandro Mattos - Banqueiros estão dificultando as negociações e forçando a categoria a deflagrar greve“É absurdo, nós que somos os principais responsáveis pelos lucros dos bancos, ouvirmos dos que são nossos patrões de que não estamos preocupados com nosso emprego; e que metas são apenas desafios. Queremos deixar bem claro a toda população paraense que estamos tentando, de todas as formas, negociar com os banqueiros para que a greve não aconteça, porém mais uma vez a intransigência tem atrapalhado o bom andamento dessas negociações”, declarou o diretor jurídico do Sindicato e funcionário do Itaú, Sandro Mattos.

Esse foi o resultado da primeira rodada de negociações com a Fenaban que discutiu a contratação de mais funcionários, respeito à jornada de 6 horas, fim da rotatividade e da terceirização, e inclusão bancária sem correspondentes bancários.

Além dessa, outras duas rodadas de negociações sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho já ocorreram e a próxima, marcada para terça-feira (21), deve tratar sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

Durante o primeiro dia de discussões com a Fenaban, ocorrido no dia 7 desse mês, o Comando Nacional dos Bancários também defendeu a melhoria do atendimento aos clientes e usuários, como o controle do tempo de espera nas filas e a ampliação do horário de atendimento, das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho.

Saulo Araújo - Banqueiro só pensa em enriquecer com a exploração de bancários e clientesA Fenaban se recusou a incluir o horário de atendimento na convenção coletiva, assim como o controle das filas, por considerar que esse não é assunto trabalhista.

“Se os bancos realmente se importassem e respeitassem seus clientes e usuários, contratariam mais funcionários para atender melhor a população que sofre com o tempo de espera nas filas. Mas banqueiro não tem coração, banqueiro tem cofre cheio de dinheiro e está cada dia mais preocupado em enriquecer a custa da exploração da mão de obra bancária”, denunciou o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Saulo Araújo.

Só o HSBC Brasil obteve lucro de US$ 505 milhões no primeiro semestre deste ano. O valor é 20,72% menor na comparação com igual período de 2011. Os resultados apontam que os ganhos do banco inglês foram afetados pela provisão de US$ 700 milhões feita para cobrir multas e outros custos, segundo revelou o jornal Valor Econômico.

O maior banco da Europa também foi ligado a um escândalo envolvendo lavagem de dinheiro no México. A instituição financeira poderá ter que pagar mais de US$ 2 bilhões por vendas enganosas no Reino Unido.

Eliana Lima - Demissões e escândalos envolvendo o HSBC geram medo nos funcionários do bancoAlém disso, o HSBC é apontado como provável banco em que se movimentavam a maior parte dos recursos das empresas citadas no escândalo político ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira.

“Valorizar seus trabalhadores como de fato eles merecem o HSBC não faz, pelo contrário, demite e ainda se nega a contratar novos funcionários em substituição às demissões. Essa onda de demissão e os constantes escândalos envolvendo o banco tem causado receio entre a categoria que é assediada diariamente a cumprir as metas”, revelou a diretora da Fetec-CUT/CN e funcionária do HSBC, Eliana Lima.

Fonte: Bancários PA, com Contraf-CUT e Valor Econômico.

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