Banco da Amazônia, 70 anos. Estamos na luta pelo seu fortalecimento.

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Banco da Amazônia 70 anos, estamos na luta pelo seu fortalecimento.No próximo dia 9 de julho o Banco da Amazônia completa 70 anos de vida. Uma história construída por muitos bancários e bancárias que já passaram ou ainda estão na instituição, e dedicam esforço diário para o bem do desenvolvimento econômico, social, científico e cultural da região.

A história do Banco da Amazônia começou em 1942, durante o governo Vargas, com a fundação do Banco de Crédito da Borracha através do Decreto-Lei nº 4.451, que tinha por objetivo financiar a produção de borracha para os países aliados aos Estados Unidos durante a 2ª Guerra Mundial.

Agência do Banco de Crédito da Borracha em Porto Velho - RONa década de 50 a instituição passa a se chamar Banco de Crédito da Amazônia S/A, uma estratégia do governo Juscelino Kubitscheck para ampliar o financiamento a outras atividades produtivas da região para além da borracha, através do primeiro Plano de Valorização Econômica da Amazônia.

Em 1966 é que a nomenclatura da instituição passa a ser Banco da Amazônia, ou simplesmente BASA, que a partir de então assumiu o papel de principal agente financeiro da região, sendo o depositário dos recursos provenientes dos incentivos fiscais.

Banco de Crédito da Amazônia em Tarauacá - ACNa década de 70 o banco passou a ser uma sociedade de capital aberto, sendo o Tesouro Nacional seu maior acionista. A partir daí o banco tornou-se o agente financeiro do FINAM (Fundo de Investimento da Amazônia), que era administrado pela SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia).

Nos anos 80 o Banco da Amazônia passa a ser o gestor do Fundo Constitucional do Norte (FNO), o qual abre a possibilidade de linha de crédito a longo prazo para os mini, micro e pequenos produtores e empresários da região.

Na década de 90, principalmente durante os anos de governo de Fernando Henrique Cardoso, o Banco da Amazônia passou por duros ataques promovidos pela política neoliberal de FHC. Nesse período, o governo federal tentou transformar o banco em uma simples agência de fomento; mas o medo maior que pairou sobre as cabeças dos empregados e empregadas da instituição foi o da privatização. Ainda nessa época, o governo dos tucanos promoveu uma profunda descaracterização na CAPAF, e as consequências disso estão sendo sentidas até hoje.

Inauguraçao do Banco da Amazonas de Xinguara - PAHoje, ao chegar aos seus 70 anos de história, o Banco da Amazônia é a principal instituição financeira federal de fomento com a missão de promover o desenvolvimento da região amazônica. Possui papel relevante tanto no apoio à pesquisa quanto no crédito de fomento, respondendo por mais de 60% do crédito de longo prazo da Região.

Mas nesses 70 anos do Banco da Amazônia, muitos problemas precisam ser resolvidos para que a instituição continue a prosperar. O primeiro deles é a intransigência da atual diretoria nas negociações com os empregados e suas entidades representativas, como o Sindicato dos Bancários do Pará.

No ano passado, os empregados fizeram 77 dias de greve em busca de melhores condições de trabalho. Mas o banco se negou a negociar seriamente, moveu dissídio coletivo, levou a greve para ser resolvida pelo Tribunal Superior do Trabalho e deixou várias pautas importantes para a categoria sem respostas.

Deputado Puty conseguiu a capitalização de R 1 Bi na comissão Comissão Mista que avalia a Medida Provisória 564 conhecida como Plano Brasil MaiorPlano de Cargos e Salários, a manutenção da CAPAF e o direito à previdência aos novos empregados, reestruturação do Plano de Saúde da CASF, equiparação do piso salarial dos empregados com o piso dos demais bancos federais, o fim das terceirizações, o acesso do pessoal do Quadro de Apoio às funções comissionadas, a garantia do salário constitucional dos TC’s são algumas das questões que ainda permanecem como uma incógnita na vida dos empregados do Banco.

Trabalhadores são o principal patrimônio na luta pelo fortalecimento do Banco da AmazôniaO Sindicato dos Bancários do Pará, junto com os trabalhadores e trabalhadoras do Banco da Amazônia, está na luta diária em defesa do fortalecimento da instituição. Prova disso foi a conquista da capitalização de R$ 1 bi via BNDES para o Banco da Amazônia, o que somente foi possível graças a atuação do Sindicato e do deputado federal Cláudio Puty, que pautou a questão no Congresso.

Parabenizamos o Banco da Amazônia pelos seus 70 anos e fazemos votos de vida longa à instituição, com a certeza de que estaremos sempre na linha de frente da luta dos trabalhadores por um Banco da Amazônia cada vez mais forte e que respeite e valorize seus empregados.

Sindicato dos Bancários do Pará

Presidenta do Sindicato não irá à festa de 70 anos do Banco da Amazônia

Nesta quinta-feira, 5 de julho, a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, enviou ofício ao Banco da Amazônia comunicando que não aceitará o convite do presidente da instituição para a festa de comemoração dos 70 anos do banco.

Além de estar participando do 11º Congresso Nacional da CUT, na condição de delegada eleita pela categoria, o principal motivo para Rosalina Amaorim não participar da festa do banco é a falta de respostas da diretoria a pautas imprescindíveis aos trabalhadores, como o reajuste da tabela de reembolso do Plano de Saúde (baseada no plano básico da CASF), a efetivação da Solução CAPAF, a retomada das negociações do PCCR, a equiparação do piso aos demais bancos federais e melhores condições de trabalho no Banco da Amazônia.

> Clique aqui e leia o ofício enviado ao Banco da Amazônia.

Fonte: Bancários PA

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