Banco do Brasil tem maior lucro da história dos bancos

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O Banco do Brasil, maior instituição financeira da América Latina, teve o maior lucro líquido da história dos bancos no país, com ganhos de R$ 10,03 bilhões no 1º semestre, alta de 148,4% frente ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pela venda de ações de sua área de previdência, seguros e capitalização. Nos primeiros três meses de 2013, o lucro havia sido de R$ 2,557 bilhões. Os dados são da consultoria Economatica.

Com isso, o BB desbanca o Itaú Unibanco entre os maiores lucros de bancos privados no país. O lucro de R$ 7,055 bilhões do Itaú Unibanco no 1º semestre é, agora, o segundo maior entre os bancos do país.

Nos últimos quatro anos, o Itaú havia registrado os maiores lucros da história dos bancos brasileiros no primeiro semestre.

“Esses dados reforçam o que o movimento sindical denuncia constantemente: os bancos acumulam altas em seus lucros anualemente às custas da exploração da mão de obra bancária, com imposição de metas, com a não contratação de mais bancários, com o não investimento em saúde, condições de trabalho e segurança para seus trabalhadores e para os clientes e usuários dos bancos. Estaremos levando esses elementos para as mesas de negociação com a Fenaban e para as mesas específicas dos bancos nessa Campanha Nacional, como forma de mostrarmos que os bancos têm sim condições de atender às reivindicações econômicas e sociais da nossa categoria apresentadas nessa Campanha”, afirma a presidenta do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil, Rosalina Amorim.

Explosão no segundo trimestre

O lucro do banco foi puxado pelo forte resultado do 2º trimestre, quando registrou lucro líquido de R$ 7,47 bilhões, cerca de duas vezes e meia acima do resultado positivo obtido um ano antes, impulsionado pela venda de ações de sua área de previdência, seguros e capitalização, BB Seguridade.

No primeiro trimestre, o banco teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões.

O indicador de inadimplência do Banco do Brasil, com dívidas maiores que três meses, caiu para o menor patamar em 11 anos, segundo o balanço do banco.

O banco informou ainda que manteve a política de distribuir 40% do lucro líquido aos acionistas (cerca de R$ 4 bilhões no 1º semestre).

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses. Os destaques do período foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.

Ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, atingindo 20,8% de participação de mercado.

Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco.

Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento responde por 47,0% da carteira de crédito total do BB.

Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB ficou em 16,4% ao final de junho ante 21,2% visto um ano antes.

O banco também divulgou retorno de 51,8% contra 21,4% em um ano, impactado pela alienação das ações da BB Seguridade. O BB encerrou o segundo trimestre com patrimônio líquido médio de R$ 64,721 bilhões, montante 6,4% superior ao visto em igual intervalo de 2012.

Fonte: Bancários PA, UOL e G1

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