Sistema de ponto eletrônico do Banpará é apresentado

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Reunião ponto eletrônico no BanparáO sistema de ponto eletrônico do Banpará foi apresentado ontem (2) ao Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec-CN e ContrafCUT, pela diretora administrativa do banco, Márcia Miranda. Segundo o Banpará, o novo mecanismo de marcação de ponto deverá ser implantado em todo o banco até o final desse mês. Mas antes uma avaliação do processo será feita em mesa específica de negociação entre o banco e as entidades sindicais na próxima segunda, dia 7, às 15h.

Só após essa mesa de negociação é que o acordo referente ao ponto eletrônico deve ser ou não assinado pelas entidades sindicais que só conquistaram a implantação do sistema graças a uma ação judicial ingressada pelo Sindicato e que foi julgava favorável aos trabalhadores e trabalhadoras do Banpará em março desse ano.

Dúvidas – Durante a apresentação técnica, várias perguntas foram feitas pelos representantes das entidades sindicais, que questionaram como os 15 minutos ficarão consignados na jornada? Como devem ficar os horários de auditores, engenheiros, gerentes de negócio e bancários que precisarem participar de reuniões de trabalho fora de sua unidade? Cada bancário poderá ver seu ponto individualmente? O que fazer em caso de atraso? Haverá treinamento sobre o sistema de ponto?

Segundo o banco, é ao gestor imediato que o bancário deve se dirigir em caso de ausências ou eventuais atrasos. Já os engenheiros e auditores, terão a alternativa de registrar o ponto nas unidades em que estiverem atuando.

Cronograma – Ainda de acordo com o Banpará, já existe um teste-piloto do sistema; mas um treinamento sobre como vai funcionar o ponto eletrônico será realizado para gerentes e coordenadores da matriz neste sábado (5).

Na próxima terça-feira de manhã (8) será a vez das agências de Belém e região das ilhas. Dia 9, na Região Metropolitana de Belém e também em Castanhal. Em Marabá será no dia 12 e, em Santarém a data ainda deve ser definida.

15 minutos – Os 15 minutos ficarão consignados na jornada. Se o bancário entrar às 8h, ele deve registrar o ponto nesse horário e a saída, às 14h. Durante essa jornada, o bancário terá 15 minutos de intervalo, que poderão ser tirados em até 2h após o início das atividades ou 1h antes de encerrá–las. Nesse intervalo a estação de trabalho ficará bloqueada.

A presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim, ressaltou que “é importante garantir que não haja logins simultaneamente abertos em várias máquinas, para evitar burla à jornada e também a extrapolação. Além disso, após a explanação técnica e apontamentos que foram indicados ao banco, as entidades sindicais têm que receber todo o material já produzido, como também acompanhar o treinamento e a implantação efetiva do sistema. Todo esse processo é uma vitória que se constitui num instrumento transparente ao bancário sobre seus direitos”.

“O movimento sindical sempre foi contrário ao banco de horas. Para as entidades, o trabalhador não deve fazer horas extras além do permitido na CLT e se forem feitas, que sejam devidamente pagas”, destacou a diretora da Fetec-CN e funcionária do banco, Vera Paoloni.
O Banpará informou que o banco de horas se trata de compensação da jornada. A dirigente sindical da Federação solicitou então que seja dado um nome correto à essa compensação e que não se transforme em um banco de horas.

Para a diretora do Sindicato e também funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves, “é importante que a jornada se cumpra das 8 às 18 horas, porém com a flexibilidade de os bancários poderem sair às 17h, posto que é um ato de gestão”.

A Contraf-CUT foi representada pelo diretor Adilson Barros, que destacou a importância e necessidade do banco implantar o sistema de ponto eletrônico “como forma de melhorar a vida dos trabalhadores, humanizar as relações de trabalho e não criar um clima de inflexibilidade”.


Fonte: Bancários PA

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