Brasil bate mais um recorde e registra 32.548 mortes por Covid-19

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São quase 600 mil casos confirmados da doença no país. Número de pessoas infectadas pode ser maior porque, além da subnotificação, há casos que ainda estão em análise.

O Brasil bateu novo recorde em número de mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, nesta quarta-feira (3). Foram 1.349 novas mortes confirmadas em 24 horas, totalizando 32.548, vidas perdidas desde o início da pandemia, em março. Outros 4.115 óbitos estão sendo investigados.

Das mortes confirmadas entre terça-feira (2) e a quarta, 408  ocorreram nos últimos três dias. O restante em dias anteriores, mas o Ministério da Saúde não informou as datas em que os óbitos ocorreram.

No mesmo curto período, o país registrou 28.633 novos casos da doença e o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus subiu para 584.016.

Segundo o Ministério, o número de pessoas recuperadas também subiu, para 238.617 – o equivalente a 40,9% do total de pacientes. Ainda segundo a pasta, mais de 312 mil casos seguem em acompanhamento

Enquanto alguns estados anunciam medidas de reabertura das atividades econômicas e flexibilizaram o isolamento social sem o achatamento da curva, Amapá, Pernambuco, Acre, Rio Grande do Norte e Maranhão têm um nível de ocupação acima de 90% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), exclusivos para o tratamento da Covid-19.

A quantidade de mortes por doenças respiratórias, a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), cresceu 20 vezes em relação ao ano passado, de acordo com as declarações de óbito registradas nos cartórios do país.

Pernambuco

O maior crescimento no número de pessoas mortas em consequência de complicações provocadas pela Covid-19 desde o início da pandemia, foi registrado em Pernambuco, onde os óbitos pularam de 14 para 2.274.

Em São Paulo, estado com mais casos e mortes de Covid-19 no país, as mortes registradas por doenças respiratórias aumentaram mais de 11 vezes, de 86 para 1.017.

Também foi em São Paulo, que o novo coronavírus mais escancarou a desigualdade social entre as regiões mais ricas e as periferias, regiões mais impactadas pela pandemia.

Em Grajaú, há 6.276 casos e 183 mortes, Brasilândia tem 4.943 casos confirmados e 209 óbitos, seguido por Cidade Ademar, com 2462 e 151 mortes. Já no Capão redondo, 4301 casos confirmados da doença e 163 mortes, no Jardim São Luís, 4141 casos e 157 óbitos.

Já nas regiões mais ricas da capital paulista, os casos confirmados e mortes são menores, como é o caso do Jardim Paulista, com 968 casos e 45 mortes. Em Alphaville e Alphaville Empresarial e Industrial, 2% dos 98 casos de Covid-19 foram fatais.

O estado do Rio de Janeiro teve um novo recorde de mortes confirmadas em 24 horas, e total de óbitos passa de 6 mil. Foram 324 mortes e 2.508 casos confirmados desde terça-feira. Há ainda 1.130 óbitos em investigação e 265 foram descartados.

Reabertura das atividades econômicas suspensa no Pará

No Pará, o retorno das atividades econômicas estava programado para esta quinta-feira (4), mas o prefeito de Belém desistiu e estuda medidas mais duras para conter o avanço da pandemia. Outro  lockdown, confinamento obrigatório, não está descartado.

N última terça-feira (2), o Pará registrou o pior índice de isolamento social no país. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), a pior posição alcançada até então era a 16ª, no dia 16 de abril. A média de isolamento no estado foi de 39% no último levantamento.

72% das cidades do país registram casos

Cerca de 72% das cidades brasileiras já têm casos de coronavírus e já matou em 30% delas. Há um mês, a pandemia tinha alcançado 40% dos municípios, e 13,4% deles tinham confirmado mortes pela Covid-19.

Das 20 cidades com maior mortalidade no Brasil, 12 estão no Amazonas e só três fora da Região Norte. No ranking, aparecem cinco capitais: Belém (3°), Fortaleza (6°), Recife (10°), Manaus (12°) e Rio de Janeiro (16°).

Fonte: CUT

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