Campanha Nacional #ACaixaÉTodaSua chega ao Pará

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No mesmo dia e hora em que um consórcio de capital estrangeiro vencia o leilão da Lotex com proposta única, dirigentes do Sindicato defendiam a Caixa 100% pública, bem como os serviços oferecidos por ela em todo o país. A manifestação, em forma também e panfletagem, foi em frente ao Edifício Sede da Caixa em Belém no final da manhã desta terça-feira (22).

“As Loterias são muito mais do que a realização de sonhos dos apostadores. Nos últimos anos, aproximadamente metade dos recursos das apostas são aplicados em saúde, segurança, cultura e esporte, beneficiando toda a população. Além disso, os prêmios que não foram reclamados em 90 dias após a data do sorteio são repassados ao tesouro nacional para aplicação no Fundo do Fies. Por isso a importância em defender esse banco e suas áreas estratégicas como patrimônio do povo brasileiro”, explica a vice-presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

A Caixa é o banco da cidadania, da distribuição de renda e da inclusão social. Por meio das mais de 3,3 mil agências, a Caixa faz o pagamento para 13,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Graças a essa capilaridade, que está em risco com o fechamento de diversas agências e postos de atendimento, as famílias que vivem em municípios mais afastados, como no interior do Pará, têm como receber seu benefício todo mês.

“É por meio dessas áreas estratégicas que o banco financia menores taxas para a compra da casa própria, a operação de toda a área social, como benefícios ao trabalhador, acesso a produtos e serviços por meio da bancarização, o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), por exemplo. São essas áreas também que financiam o Minha Casa Minha Vida, o maior programa habitacional do Brasil, para a população de baixa renda. Não é só a categoria bancária que precisa da Caixa 100% pública, é toda a população brasileira”, defende o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

Desde 2009, foram mais de quatro milhões de unidades habitacionais, um investimento de R$ 105 bilhões, beneficiando 16 milhões de pessoas. Mais que reduzir o déficit habitacional, o programa ainda contribui para a geração de empregos, foram 1,2 milhões em 10 anos de programa.

#ACaixaÉTodaSua

Lançada pelo Comitê Nacional em Defesa da Caixa, a Campanha tem por objetivo chamar a atenção de empregados do banco público e da população para os prejuízos que a venda de partes da empresa, como seguros, loterias e cartões, poderá trazer para a sociedade, além de alertar sobre as consequências da retirada do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) da Caixa. Acesse www.acaixaetodasua.com.br e saiba mais.

Negociação com a Caixa

É hoje também que a Comissão Executiva de Empregados (CEE) se reúne com a direção da Caixa em mais uma mesa permanente de negociação. Na pauta a manutenção do Saúde Caixa, Funcef, Saúde do Trabalhador e Caixa 100% pública, além de pendências de outras negociações, como as horas extras para os dias de pagamento de FGTS, entre outras.

Para o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Siqueira, com todos os ataques e tentativas de fragilização da empresa é importante reforçar os questionamentos em mesa de negociação. No caso do Saúde Caixa, por exemplo, é preciso cobrar mais transparência na apresentação dos números do plano para que que os usuários possam discutir medidas que garantam sua sustentabilidade e caráter solidário. Sobre a Funcef, serão debatidas a paridade no equacionamento do reg replan não saldado, revisão da política de investimento da Funcef, debate sério e responsabilidade da Caixa no contencioso trabalhista.

Na questão da Saúde do Trabalhador, a CEE mais uma vez defenderá o fim do Revalida e de todas as formas de gestão pelo medo e a abertura imediata de discussão com os empregados sobre as melhores formas de gestão do resultado.

A CEE também cobrará mais informações sobre o processo de fatiamento da empresa e todo o organograma planejado pela Caixa sobre o projeto de abertura de capital da empresa.

Também serão discutidos na reunião pontos pendentes de mesas anteriores, como as horas extras para os GG das agências digitais e das que abrem nos dias de abertura para pagamento do FGTS, a reversão dos reflexos da greve geral de 2019, a comunicação sobre o impedimento do TEX atender público e a manutenção do compromisso de avisar aos sindicatos ao mesmo tempo que as Superintendências regionais sobre o fechamento e abertura de agencias.

 

Fonte: Bancários PA com Fenae

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