O 25º dia de greve da categoria bancária foi de reunir forças e aumentar a pressão contra a ganância dos banqueiros até que eles apresentem uma proposta decente para as pautas gerais e também as específicas, como no Banpará e no Banco da Amazônia. Ambos chegaram a marcar a retomada das mesas de negociação, às 10h dessa sexta-feira (30), em suas respectivas matrizes em Belém, mas em cima da hora o Banco do Estado desmarcou a reunião sem qualquer explicação.
“Assim como as entidades, a categoria esperava há dias por essa retomada das mesas específicas, mas o Banpará não só frustrou nossas expectativas como ainda tenta nos impedir de exercer o nosso direito legítimo de greve, que é a nossa única alternativa em conquistarmos tudo aquilo que até agora o banco não quis atender. Não vamos recuar e nem temer, vamos resistir firmes e na greve por uma proposta decente”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.
Banco da Amazônia – Pontualmente às 10h, Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN reuniram-se com a direção do Banco da Amazônia e em pouco mais de 1 hora a reunião foi encerrada sem nenhum avanço. Mais uma vez o banco reapresentou a última proposta da Fenaban e se recusou a debater as reivindicações específicas (leia aqui).
Caixa – Na Caixa, uma comissão de esclarecimento foi instalada e desde ontem percorre as agências da Região Metropolitana para convencer quem ainda não está na greve a fazer parte do movimento.
“A intransigência da Caixa está clara como nunca foi visto nas Campanhas em anos anteriores, por isso decidi entrar na greve em repúdio a essa postura de total desrespeito do banco, pois só dessa forma é que mostraremos de fato que não está tudo bem, que precisamos de mais segurança, de mais contrações, de melhores condições de trabalho. Quanto mais gente, maior nossa força e menor nosso risco de sofrer alguma retaliação, pois estaremos em um número maior dos que estão ainda lá dentro trabalhando, do que aqui do lado de fora lutando por um futuro melhor para toda a categoria”, afirma um bancário que trabalha na Caixa há 15 anos e pela primeira vez faz greve.
Banco do Brasil – Bancários e bancárias do Banco do Brasil ampliaram o movimento para os bancos privados garantindo o fechamento das unidades, dialogando com a população e buscando a compreensão e apoio de todos e todas que, assim como a categoria, passa algumas horas do seu dia dentro de agências correndo risco de assalto, em instalações precárias e pagando tarifas altas.
Itaú – Ainda nessa sexta-feira houve intensa mobilização da categoria em greve nas unidades do banco Itaú, na região metropolitana de Belém, com garantia de 100% de adesão das unidades do banco no movimento paredista durante todo o dia.
Assembleia organizativa – Na próxima segunda-feira, dia 3 de outubro, às 16 horas, na sede do Sindicato, haverá assembleia organizativa para debater e definir estratégias de luta para o movimento paredista ao longo da próxima semana.
Fonte: Bancários PA
