CN2016: Greve bancária ganha mais força nesse terceiro dia

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A força da mobilização dos bancários e bancárias do Pará e de todo o país, em greve pelo terceiro dia consecutivo, provocou não só a Fenaban em São Paulo (leia AQUI), mas também a direção do Banpará, que decidiu retomar as mesas de negociação específica, com as entidades sindicais, na próxima segunda-feira (12) em Belém.

“Isso é a prova de que juntos somos mais fortes e cada trabalhador e trabalhadora que toma essa consciência fortalece nosso movimento paredista. Portanto, a orientação é seguir firme na luta e intensificar as mobilizações ainda mais amanhã, dia de negociação com a Federação Nacional dos Bancos e o Comando, às 11 horas, em São Paulo. E para quem ainda não teve a coragem de cruzar os braços como os demais colegas, essa é a hora de se somar à luta, pois só ela irá nos garantir melhores salários e condições de trabalho”, destaca a presidenta do Sindicato e empregada do Banco do Brasil, Rosalina Amorim.

Nessa quinta-feira (8) a greve nacional da categoria bancária teve mais adesão no Pará. Em Marabá, por exemplo, todas as agências bancárias amanheceram fechadas. Em Belém, Santarém, Abaetetuba, Altamira e Parauapebas a greve chegou a quase todas as instituições financeiras. O mapa de greve desse terceiro dia aponta 297 unidades de bancos públicos e privados no movimento paredista.

No terceiro dia de greve, 8454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, nesta quinta-feira (8), em todo o Brasil. Este número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da mobilização, na comparação com a terça-feira.

“A cada momento, novas mensagens, via redes sociais, chegam para nós com informes sobre novas adesões à greve a partir dessa sexta-feira, tanto na capital quanto no interior. Quanto mais gente parada, maior a nossa pressão contra a ganância dos banqueiros que tiveram lucros mais do que suficientes para atender nossas reivindicações. Chegou a hora de retribuir a quem foi fundamental nesses resultados: a categoria”, ressalta o diretor da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Hoje, em Belém, o corredor financeiro da Avenida Presidente Vargas voltou a ser o principal palco de manifestações. Na matriz do Banco da Amazônia, os bancários e bancárias em greve iniciaram ato público logo às 6 horas da manhã para conquistar mais adesões ao movimento. O mesmo ocorreu em frente à matriz do Banpará. No Edifício Sede da Caixa, em São Braz, o movimento paredista organizou uma roda de conversa com a assessoria jurídica do Sindicato sobre as ações coletivas dos empregados do banco.

“Todos os dias dialogamos com a categoria dentro e fora das unidades, já que ainda tem bancário trabalhando, na tentativa de conscientizar sobre a importância de cada um no movimento de greve. Não adianta só reclamar dos salários e péssimas condições de trabalho, se na hora de reagir contra toda essa exploração e desrespeito, o trabalhador insiste em ficar do lado do banqueiro que só pensa em lucro e nos vê como meras cifras”, aponta o diretor do Sindicato e empregado do BB, Gilmar Santos, que amanhã estará representando a categoria do Pará em São Paulo, na mesa com a Fenaban.

Fonte: Bancários PA

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