Bancários e bancárias do Banco do Brasil, no Pará, ratificam rejeição da proposta da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Fenaban e Acordo Coletivo específico; e a partir desta sexta-feira (13) estarão em greve por tempo indeterminado em todo o estado. 59,22% do funcionalismo do banco rejeitaram as propostas; outros 37,01% disseram SIM à mesma proposta e 3,76% se abstiveram da votação.
Em Belém, a concentração do movimento paredista será no Complexo Humaitá, às 8h. “Convocamos aqueles que mantiveram a decisão pela greve a se concentrarem também em frente às unidades de trabalho para fazer o convencimento dos colegas que ainda não aderiram ao movimento paredista, pois essa é a essência de uma greve capaz de mostrar a insatisfação com a proposta dos banqueiros”, explica o diretor do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.
Com a rejeição da proposta, o funcionalismo do banco também autorizou o Sindicato a transformar a última assembleia, nesta quinta (12), em Assembleia Extraordinária Permanente, com consultas remotas/virtuais a serem convocadas através dos canais de comunicação oficiais da entidade.
‘Tá’ na lei
A participação dos trabalhadores e trabalhadoras em um movimento não pode justificar nenhuma forma de punição pelo empregador (advertência, suspensão ou despedida por justa causa). Durante a greve, o contrato de trabalho fica suspenso, é o que determina o Artigo 7º da Lei de Greve (7.783/89).
Antes da assembleia
Na reunião híbrida que antecedeu a assembleia, foram esclarecidas dúvidas das bancárias e bancários diante do atual cenário de greve deflagrada.
“Temos bases grandes que rejeitaram a proposta e continuam rejeitando, como foi aqui no Pará. O acordo não foi aceito e estamos sim construindo o movimento de greve. A assembleia da categoria é para avaliar o movimento, pois diante do cenário nacional muitos colegas ficaram em dúvida sobre a greve” disse a diretora do Sindicato, Rosalina Amorim, que também é bancária do BB.
As maiores bases sindicais, do país, aprovaram a proposta do banco, e o acordo foi assinado no dia 10 de setembro (terça-feira), o que não aconteceu no Pará, já que 72,11% do funcionalismo do estado rejeitou a proposta em assembleia on-line na última segunda-feira (9).
A maioria dos presentes na reunião de esclarecimento, que antecedeu a assembleia desta quinta-feira (12), reforçou a insatisfação com o acordo, já rejeitado anteriormente, e esperam por melhorias diante da aprovação da greve, mas uma pequena parte do funcionalismo teme pelas possíveis advertências aos que aderirem à greve, como por exemplo as faltas não abonadas.
Diante dessa possibilidade, o Sindicato se comprometeu em lutar judicialmente para que esses trabalhadores e trabalhadoras não sejam prejudicados.
Fonte: Bancários PA