Coletivo reúne-se para ampliar debate sobre saúde e seguridade

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O “Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora da CUT” está participando de uma série de encontros com as secretarias para planejar a atuação das pastas nas gestões vigentes. Sediada em São Paulo, a reunião foi inaugurada com análise de conjuntura comandada pela vice-presidenta da CUT, Carmen Foro.

Para a secretária de Saúde de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida da Silva, a motivação do encontro parte da ideia de que a atuação da secretaria precisa ser ampla. “Não dá para discutir apenas a política de saúde do trabalhador sem discutir a questão de seguridade social. Esse debate vai além, ele chega na Previdência, na educação, moradia e em outros setores que incidem no bem-estar da classe trabalhadora”, afirmou.

Além das dirigentes Cutistas, participaram do debate o secretário de Saúde do Município de São Paulo, Alexandre Padilha; Leandro Horie, economista do Dieese; e Armando De Negri, Médico Epidemiologista e representante do Fórum Social Mundial de Saúde.

Padilha criticou a atuação do governo ilegítimo de Michel Temer também na área da Saúde. “Esse golpe foi feito para destruir o Estado que nós refundamos com a Constituição de 1988. O SUS e o conjunto da seguridade social são o prato mais suculento desse golpe. O primeiro ataque ao SUS é político, pela plataforma que o SUS representa para a diversidade e a participação pública em sua construção. Nós não temos dimensão do que o SUS significa para a economia das famílias brasileiras”, disse o secretário, que foi ministro da Saúde na gestão da presidenta Dilma Rousseff.

Previdência

A discussão sobre a Previdência perpassou por toda a reunião do coletivo e foi aprofundada por Armando De Negri, que explicou o modelo brasileiro. “O financiamento da Previdência é tripartite. Parte da arrecadação vem do trabalhador e do empregador, a última parte da arrecadação vem do Estado, que tem uma participação fundamental, porque é quem equilibra a conta.”

Para o representante do Fórum Social Mundial de Saúde, uma reforma da Previdência não é necessária. “Pelo contrário, em um momento de crise, deveríamos fortalecer a seguridade social, não permitir que ela seja fragilizada como estão planejando.”

Leandro Horie, do Dieese, também criticou a proposta de alteração nas regras para aposentadoria. “A Previdência é um campo enorme para a entrada da iniciativa privada e o que eles querem é forçar essa entrada. É preciso saber que a previdência é superavitária e a Previdência brasileira não é um sistema de entrada e saída como se fosse caixa de banco. Hoje, nós transferimos recurso da seguridade para o orçamento fiscal, então não precisamos da reforma, basta cumprir a Constituição, porque o orçamento é superavitário”, finalizou o economista.

Fonte: Fenae com CUT

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