Com volta do auxílio, Sindicato pede mais prevenção à Covid na Caixa

0

A intensificação na prevenção contra o avanço da pandemia na Caixa foi tema de reunião entre o Sindicato e a Superintendência Norte Pará do banco

A partir do mês que vem as agências da Caixa voltam a fazer o pagamento do auxílio emergencial e o Sindicato acompanha de perto quais as medidas de prevenção que o banco está garantindo e intensificando diante das novas cepas do coronavírus e o aumento do número de casos (403.353), mortes (9.971) e o colapso na rede privada e municipal que levou Belém, Região Metropolitana e outros pelo menos, cinco municípios a decretarem ou prorrogarem o lockdown, em uma tentativa de frear a propagação do vírus e evitar um colapso na rede estadual que está com ocupação dos leitos clínicos em 77% e de UTI adulto em 83,64%.

“Apesar de todos os esforços da Caixa em disponibilizar o aplicativo Caixa Tem, quando o pagamento começa a ser liberado, o app apresenta falhas e a necessidade das pessoas não tem como esperar essas falhas serem resolvidas, o que os levam a correrem para as agências em busca de atendimento, mesmo não sendo o dia do pagamento; o que gera filas, aglomeração, tudo o que mais é preciso se evitar para evitar contaminação ou reinfecção. É praticamente impossível fazer com que essas pessoas fiquem em casa diante de outras necessidades vitais que elas têm, diante disso, precisamos reforçar outras medidas de prevenção nesse momento, que os bancos têm plena condição de atender, como o uso de máscaras mais eficientes e instalação de barreiras acrílicas em todos os setores de atendimento ao público”, destaca a presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

Nesta terça-feira (23), a intensificação na prevenção contra o avanço da pandemia foi tema de reunião, por videoconferência, que teve a participação de Tatiana Oliveira e a diretora de bancos federais, Cristiane Aleixo, que também é bancária da Caixa, além do superintendente regional – Norte Pará, Cristian de Freitas, e a secretária, Simone Rendeiro.

Protocolos de segurança

A superintendência disse estar reforçando junto aos gestores as orientações sobre os protocolos de segurança deliberado com as entidades, como a higienização de forma tempestiva, constante e correta em todas as unidades, implantação de barreiras acrílicas onde haja atendimento à população e orientação de compra pelo pronto pagamento de EPI’s.

“Diante das novas cepas, que tiveram os primeiros casos registrados aqui na nossa região, enviamos ofício à Caixa, com base nas orientações de especialistas de países europeus, para aquisição de máscaras mais eficazes de proteção contra o coronavírus em quantidade suficiente para execução do trabalho daqueles que atendem ao público diretamente, mesmo que a OMS ainda não tenha recomendado a mudança do tipo de máscara”, comenta Cristiane Aleixo.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária mantém a indicação de máscaras de tecido, limpas e secas, para a população em geral, enquanto as máscaras cirúrgicas e as N95, PFF2 e equivalentes devem ser usadas “pelos profissionais que prestam assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de covid-19 nos serviços de saúde”.

A OMS também continua com a mesma recomendação de uso de máscaras de tecido para o público em geral.

“Como a categoria atende o público em geral, que em sua grande maioria não tem condições de comprar máscaras mais eficazes, e pensando principalmente numa maior proteção dos nossos colegas que atendem ao público, que assim como os profissionais de saúde, fazem parte da linha de frente, é de competência dos bancos a aquisição de máscaras PFF2 ou equivalente, uma vez que a exposição dos colegas é decorrente da profissão de risco que eles exercem”, comenta Tatiana Oliveira.

Embora as orientações variem de país para país, cientistas e estudos apontam que as máscaras N95 ou PFF2 e equivalentes oferecem um grau maior de proteção do que as cirúrgicas ou de tecido e devem ser priorizadas em situações de maior risco.

O termo PFF2 (Peça Facial Filtrante) é utilizado pelos órgãos reguladores no Brasil para descrever os equipamentos de proteção com filtragem superior a 95% que corresponde à parcela de partículas de 0,3 mícron de diâmetro (as mais difíceis de se capturar) que ficam retidas no filtro e protegem quem usa a máscara.

Sobre a instalação de barreiras acrílicas, a superintendência informou que o equipamento será colocado em todas as mesas de atendimento ao público, mas não informou data para conclusão do serviço em todas as agências.

Casos confirmados

O banco informou que uma espécie de grupo de crise faz um controle epidemiológico diário em todas as agências bancárias, além disso, o próprio superintendente também acompanha os casos entrando em contato com os bancários e bancárias que testaram positivo e estão em isolamento conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Extensão da rede de atendimento médico

Uma reunião está agendada com a Unimed Fama (antiga Sul do Pará) e Unimed Oeste do Pará em busca de credenciar profissionais de saúde que atendem por esses planos ao Saúde Caixa e assim ampliar a rede de atendimento em todo o Estado não somente durante a pandemia, mas em caráter permanente.

Contratação de mais empregados

Na semana passada, depois de muita pressão e cobrança das entidades sindicais e associativas, a Caixa anunciou a contratação de 7,7 mil trabalhadores para o banco. Destes, segundo o anúncio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, serão 2.766 empregados – já incluídas as 566 contratações em andamento, 1.162 estagiários, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas. No Pará há também previsão de abertura de 16 novas agências até fim do ano, o que leva a superintendência regional prevê que parte dessas novas contratações será destinada ao Estado.

“Esse reforço ajuda a triagem ser de forma mais rápida e assim reduzir o número de pessoas na fila, bem como o controle de acesso para dentro das agências. Outra sugestão apresentada por nós, como forma de descentralizar o atendimento e evitar aglomeração é orientar que alguns dos serviços essenciais também são realizados pelas casas lotéricas”, explica Cristiane Aleixo.

 

Fonte: Bancários PA com BBC Brasil

Comments are closed.