Assembleia nesta quinta (12) irá deliberar sobre a greve geral da categoria. Não falte!

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Comando rejeita proposta da Fenaban e orienta greve nacional da categoria a partir de 19 de setembroA proposta apresentada na última quinta-feira (5) pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, é de apenas reajuste de 6,1% (não repõe nem a inflação projetada em 6,6%) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial.

Nada de aumento real de salário. Nada de aumento real sobre os pisos. Nada de melhoria da PLR. Nada sobre emprego. Nada de avanços para a saúde dos trabalhadores. Nada de melhorar as condições de trabalho. Nada que aponte para o fim das metas abusivas e do assédio moral. Nada para melhorar a segurança bancária. E nada para promover a igualdade de oportunidades.

Nós avisamos. Os bancários deram o recado. Dissemos várias vezes na mesa de negociação que não aceitaríamos provocação. Pois a Fenaban não só nos provocou como faltou com o respeito e lançou um desafio à nossa luta. A proposta de 6,1% é tão desrespeitosa e tão aquém das reivindicações e necessidades da nossa categoria que chega a ser indecente.

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta e definiu um calendário de mobilização. O Sindicato dos Bancários do Pará desde já convoca a categoria para assembleia geral nesta quinta-feira (12) e aprovar a greve a partir do dia 19, se até lá os bancos não apresentarem uma nova proposta que contemple nossas expectativas.

“A proposta da Fenaban é uma afronta à nossa categoria. O índice de 6,1% não repõe nem mesmo a inflação. Os banqueiros não propõem absolutamente nada de avanços para melhoria das condições de trabalho, de saúde ou de segurança para a nossa categoria. Por isso, temos que responder a essa provocação com uma grande assembleia no dia 12, para iniciarmos uma forte greve, pois somente assim poderemos ter vitórias nessa Campanha Nacional”, afirma a presidenta do Sindicato e membro do Comando Nacional, Rosalina Amorim.

Calendário de luta

12 de setembro – Assembleias em todo o país para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.

17 – Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.

18 – Assembleia organizativa para encaminhar a greve.

19 – Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.

A proposta da Fenaban

Reajuste – 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)

PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).

Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo medico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa de programa.

Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

As reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)

PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras


EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

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SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO ESTADO DO PARÁ, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 04.985.164/0001-76, por sua presidenta que abaixo assina, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a assembleia geral extraordinária que se realizará dia 12 de setembro de 2013, às 18h30m em primeira convocação, e às 19h00m em segunda convocação, na sede do referido sindicato, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia: 

 

1. Avaliação e deliberação sobre a rejeição da contraproposta apresentada pela FENABAN na reunião de 05/09/2013, à minuta de reivindicações entregue em 01/08/2013; 

 

2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 19/09/2013 

 

Belém (Pa), 9 de setembro de 2013 

 

 

ROSALINA DO SOCORRO FERREIRA AMORIM
PRESIDENTA DO SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO ESTADO DO PARÁ


Fonte: Bancários PA, Contraf-CUT e Sindbancários

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