Confirmado: Caixa continua 100% pública

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Buscar formas para melhorar os processos de negociação e ampliar os canais de relacionamento da Caixa Econômica Federal com a categoria bancária. Esse foi o objetivo da reunião convocada pela presidenta do banco, Miriam Belchior, e que ocorreu na manhã desta quarta-feira (6), com representantes do movimento sindical.

Na ocasião, Miriam Belchior garantiu que o governo não irá abrir o capital da Caixa. Disse ainda que fará de tudo para manter o diálogo com os representantes dos trabalhadores e que está reavaliando os canais de negociação com os empregados. “É importante ter esse retorno a respeito de como tem sido o trabalho para que a gente possa aperfeiçoar ao máximo neste período que estarei à frente da Caixa”, afirmou Mirian.

“Apesar da disposição da presidenta em negociar ser algo positivo, ela deixou claro que este não será um ano fácil para a Caixa e, consequentemente, para as empregadas e empregados. Será preciso ficar atentos às nossas reivindicações e continuar cobrando melhorias nas condições de trabalho”, ressaltou o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo, que integra a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa). Ele participou da reunião representando a entidade e a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

“Não basta valorizar e melhorar os canais de negociação. É preciso que haja, de fato, negociações e atendimento das demandas dos homens e mulheres que constroem a Caixa a cada dia. É também essencial que exista um canal aberto entre a Caixa e os sindicatos, incluindo o de Brasília, para que a comunicação não aconteça de forma improvisada. Talvez, o melhor canal seja o Fórum Regional de Condições de Trabalho, que ainda precisa ter suas atribuições melhor definidas”, completou Wandeir.

Para Roberto von der Osten, o Betão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a reunião foi muito positiva. “É um momento muito importante, quando a nova presidência da Caixa chama os movimentos sindicais para ouvi-los”, afirmou.

“Ao afirmar que a Caixa é absolutamente e inteiramente pública, a presidenta também garante que não haverá terceirização e que o banco continuará ofertando crédito e moradia, que é o que o Brasil espera”, afirmou o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas.

Negociações

Com relação às negociações, Vagner destacou a importância de se manter o modelo das mesas concomitantes e pediu para que essas mesas tenham mais transparência no trato, principalmente com relação aos negociadores da Caixa. “Eles precisam de mais autonomia tanto para negociar com as entidades representativas quanto na mesa com a Fenaban”, afirmou.

A coordenadora da CEE/Caixa-Contraf-CUT, Fabiana Matheus, entregou um documento com as principais demandas e problemas da categoria e insistiu na ampliação da autonomia e da transparência nas negociações. “A Caixa precisa tratar com maior vigor a mesa única, pois o banco acaba influenciando pouco nas negociações com a Fenaban”, ressaltou.

“O que é negociado precisa ser cumprido para que os bancários possam ter maior confiança no processo de negociação”, enfatizaram os representantes dos bancários.

Do Seeb Brasília

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