CN2024: Bancários do Pará presente no 34º CNFBB e 39º CONECEF

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Soluções para problemas que afetam bancários da Caixa e do BB serão temas dos debates.

Foto: CONTRAF CUT – São Paulo, 4 de junho de 2024.

“Juntos avançamos nas conquistas”. Com este lema, foram declarados abertos o 39º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), o 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, o 3º Congresso Nacional dos Funcionários do BNDES, o 16º Congresso dos Funcionários do Banco da Amazônia e o 29º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil, na noite da última terça-feira (4), em São Paulo.

Juvandia Moreira, presidenta CONTRAF-CUT e coordenadora do comando nacional dos bancários e bancárias. Foto: CONTRAF CUT – São Paulo, 4 de junho de 2024.

“Não estamos aqui somente discutindo uma campanha salarial, uma campanha nacional, mas também discutindo o papel e a importância dos bancos públicos, do Banco do Brasil, da Caixa, Banco do Nordeste, BASA, BNDES, Banrisul, Banpara, BRB, Banese, Banest, discutindo ferramentas que podem mudar a vida das pessoas para melhor”, garantiu Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, ao reafirmar o papel dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico, com geração de emprego e renda e redução das desigualdades regionais. “As desigualdades que vemos na capital paulista, está também presente em todas as capitais do país e do mundo. E essa desigualdade cresceu por causa do capitalismo financeiro”, reforçou.

Juvandia também chamou a atenção para a grande responsabilidade que a classe trabalhadora bancária tem para com o país, uma vez que as discussões desenvolvidas nos debates são também importantes e necessárias para a defesa da democracia. “O golpe contra a presidenta Dilma não foi um golpe apenas contra ela, mas contra a democracia e que resultou exatamente no bolsonarismo, porque visou a implementação de uma pauta de desmonte de empresas públicas, dos direitos trabalhistas e de tantas outras conquistas sociais”, pontuou.

Por fim, a coordenadora do Comando Nacional avaliou que os trabalhadores e trabalhadoras sairão dos debates que vão ocorrer nos próximos dias “ainda mais motivados na luta por um Brasil melhor”, além da luta por todos os bancários e bancárias, em pautas por emprego digno, direitos, qualidade de vida, boa carreira, tempo de qualidade para cuidar dos filhos, da família e de si mesmos. “Conseguimos juntar o norte ao sul do país aqui. A nossa verdadeira riqueza somos todos nós. Não vamos nos esquecer que somos uma categoria que tem história, e uma história bonita e de referência. Que a gente saia daqui continuando a fazer esse bom combate, pela democracia, pelo povo brasileiro e por um mundo melhor”, concluiu.

Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, representante da corrente CSD e representante da Comissão de Negociação dos Empregados do Banco da Amazônia (BASA).
Foto: CONTRAF CUT – São Paulo, 4 de junho de 2024.

Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, representou a corrente política CSD. Ela elencou cinco pontos fundamentais para serem debatidos durante os próximos dias. “O debate de ramos, que a gente vem acumulando muito no Comando Nacional dos Bancários, é importante a gente tentar amarrar nas negociações e proteger todos os trabalhadores e trabalhadoras dos bancos; Saúde, que nas conversas com a base aparece como prioridade e tem de ser prioridade também nas mesas de negociações, é fundamental que a gente consiga nas mesas ter vitórias nesse campo; Bancos públicos, precisamos ter avanços concretos, no nosso governo. É importante até para dialogarmos com a nossa base, pois a sensação para muitos é de que não houve uma mudança no dia a dia dos trabalhadores e trabalhadoras; Mudança climática, é necessário a gente clausular em mesa medidas para tragédias que infelizmente devem acontecer; Por fim, o diálogo com o conjunto das correntes para que a gente possa ter um fechamento mais tranquilo da Campanha Nacional. É preciso que as direções tenham tempo de dialogar com a base, para não termos problemas de relacionamento e de aceitação das propostas.”

Como representante da Comissão de Negociação dos Empregados do Banco da Amazônia (BASA), Tatiana lembrou que os empregados e empregadas do banco têm pautas históricas. “Agora, acreditamos que vamos ter mais interlocução com o governo federal e a administração do banco público, para uma efetiva mudança. O Banco da Amazônia conseguiu resistir aos governos Temer e Bolsonaro, com campanhas e visitas ao Congresso Nacional, para impedir a tramitação e aprovação de medidas provisórias colocadas por eles. O Basa é, historicamente, um banco muito importante para a nossa região, assim como todos os bancos públicos são fundamentais para superar contradições da desigualdade regional. É importante trazer a discussão para o conjunto da categoria, inclusive a questão do meio ambiente, sobre que tipo de papel o banco tem sobre essa questão, essencial à sobrevivência da humanidade”, concluiu.

Rodrigo Lopes Britto, presidente da Fetec Centro Norte, representante da corrente Articulação Bancária e representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil
Foto: CONTRAF CUT – São Paulo, 4 de junho de 2024.

O representante da Fetec Centro Norte na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e representante da corrente política Articulação Bancária, Rodrigo Lopes Britto, apontou que a unidade nacional é uma questão importante do novo sindicalismo. “Fruto de uma estratégia certeira, a unidade nacional, que completa 20 anos, garantiu importantes conquistas e vitórias”. Rodrigo citou os avanços advindos dos governos Dilma e Lula, mas pontuou que a unidade nacional na luta sindical é elementar para a manutenção de direitos, citando o aumento do poder de compra a partir de garantias da Convenção Coletiva de Trabalho.

Para ele, com a mudança conjuntural política de 2016, houve um período de retrocesso e desmonte das empresas públicas, além de ataque aos funcionários públicos em geral. “Neste momento precisamos lutar para varrer todo o desmonte e precarização, toda a desregulamentação de direitos, assédio moral e assédio sexual, temos que varrer pra fora, e não para baixo do tapete”, destacou. Rodrigo Britto finalizou sua fala defendendo que, de forma conjunta, a categoria irá avançar em conquistas e pode combater o desmonte feito nos governos Temer e Bolsonaro, e assim conseguir resgatar os patrimônios do povo brasileiro.

O 34º CNFBB e o 39º Conecef continuam nos dias 5 e 6 de junho de 2024.

 

Fonte: Contraf-CUT [adaptado por Bancários Pará]

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