Continua a pressão contra a aprovação do Estatuto das Estatais

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Prossegue a mobilização das entidades representativas dos trabalhadores das estatais contra a aprovação do PLS 555/2015, que cria a Lei Geral das Estatais. O Senado iniciou nesta quarta-feira a discussão do projeto, mas a votação foi transferida para a ordem do dia desta quinta (17). A orientação é que sindicatos e federações intensifiquem os contatos com os senadores, enviando e-mails para solicitar que não aprovem a proposta, que representa uma ameaça as empresas públicas municipais, estaduais e federais.

“Sem levar em consideração o argumento dos senadores do PT, do PCdoB e do senador Requião, do PMDB e de outros, que insistiram no adiamento da matéria, alegando a necessidade de mais tempo para o debate, e sem respeitar a sociedade e trabalhadores que desconhecem as consequências do projeto para o país, o relator Tasso Jereissati e o presidente do Senado, Renan Calheiros, colocaram em votação o PLS”, relata Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.

Nesta quarta-feira, representantes de sindicatos e federações que estavam em Brasília participando da reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), além de diretores da Fenae, fizeram vigília durante toda a tarde no Senado, buscando sensibilizar os senadores para não votarem o PLS 555. No mesmo dia, as centrais sindicais (CUT, CTB e CSP/Conlutas), a Contraf-CUT e a Fenae enviaram ofício aos 81 parlamentares reforçando posicionamento contrário a propositura.

“Nós, que sempre lutamos em defesa das empresas públicas, alertamos para a temeridade que representa o referido projeto. As mudanças propostas de forma oportunista e autoritária no PLS causariam prejuízos incalculáveis à classe trabalhadora, e gastos astronômicos aos governos federal, estaduais e municipais, justo em um momento de restrição econômicas”, destaca o documento.

O comunicado lembra que o projeto constituiu uma grave ameaça à Caixa Econômica Federal, Correios, BNDES, Petrobrás e a empresas do setor elétrico. Essas instituições são de extrema importância para o desenvolvimento do País e não devem ficar à mercê da lógica privatista, que tantos danos ocasionou ao patrimônio nacional.

“O pesadelo da década de 1990, quando muitas empresas foram privatizadas, está à espreita. Temos que lutar para evitar que a Caixa e outras estatais federaia, estaduais e municipais, essenciais na vida dos brasileiros, sejam forçadas a se distanciar dos interesses da sociedade”, destaca o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Fonte: Fenae Net

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