Banpará forte: governo veta abertura da carteira de crédito consignado

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Por pouco o Banpará não perde a exclusividade da carteira de crédito consignado dos segurados e beneficiários do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (IGEPREV) depois que uma sessão plenária, Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), no dia 18 de junho, aprovou por unanimidade, um projeto de lei complementar que retirava do banco tal competência.

“Quando soubemos dessa aprovação enviamos ofício ao governo do Pará para que vetasse o projeto que fragilizaria o Banpará, patrimônio do povo paraense. Colocando em risco a lucratividade do banco e até mesmo o emprego de milhares de bancários e bancárias, já que uma das principais fontes é o consignado”, destaca o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

Ainda de acordo com a entidade sindical “(…) entendemos que a proposta de lei aprovada traz uma série de prejuízos não só à referida instituição financeira, mas também ao próprio Estado do Pará, que deixará de dispor dos dividendos oriundos do banco e investi-los nos setores do nosso Estado, uma vez que esse ente federativo utiliza recursos captados da empresa pública para gerir os diversos ramos estruturais de sua competência”, diz o documento enviado no dia 25 de junho ao governador do Pará, Helder Barbalho.

No ofício, o Sindicato também ressaltou que durante a campanha eleitoral, Helder Barbalho se comprometeu em garantir o crescimento e o fortalecimento do banco enquanto instituição financeira.

Felizmente, no último dia 3, o pedido da entidade sindical foi atendido. No Diário Oficial nº 33914, o govenador do estado, Helder Barbalho, comunicou ao presidente da Alepa, que resolveu vetar integralmente o Projeto de Lei Complementar nº 4/18, de 18 de junho de 2019, “em que pese a sua relevância, contraria o interesse público, porque a possibilidade de abertura da carteira de crédito consignado dos segurados e beneficiários do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (IGEPREV) para outros bancos poderia prejudicar, sobremaneira, as atividades comerciais desenvolvidas pelo Banco do Estado do Pará S.A. (BANPARÁ), cujo controle acionário é do Estado do Pará”.

Para a diretora do Sindicato e bancária do Banpará, Vera Paoloni, “o veto integral é absolutamente indispensável para manter a robustez do Banpará, o atendimento ao público e o emprego direto do funcionalismo do banco, afora o indireto. Isso, sem contar que seria um ataque brutal ao caixa do tesouro estadual. O Sindicato foi firme e resolutivo ao solicitar o veto à lei que poderia implicar o fim do Banpará. Então, veto necessário e muito bem vindo!”, afirma.

A proibição deve retornar à Assembleia, cabendo aos deputados, em votação, mantê-lo ou derrubá-lo para promulgar a lei.

 

Fonte: Bancários PA com informações do Diário Oficial da União

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