A agência do Itaú no bairro Velha Marabá em Marabá, sudeste do Estado amanheceu de portas fechadas nesta terça-feira (10). A Caravana Bancária que desembarcou na cidade no início da semana impediu que a agência abrisse durante o dia de hoje em protesto as péssimas condições do local que passa por reforma.
“Bancários, clientes e usuários têm que dividir o mesmo espaço com a poeira. Além disso, os aparelhos de ar condicionado estão desligados devido a reforma, fios expostos e muito calor dentro da agência, ou seja, fica impossível trabalhar em um local como esse, onde as pessoas correm riscos de ficar doente ou sofre algum acidente. Como o Banco não tomou nenhuma providência, decidimos paralisar as atividades hoje em respeito aos bancários e a população”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Além da presidenta da entidade, os diretores Antonio Segundo, Andretti Ayala, Saulo Araújo e Heidiany Moreno participam da manifestação.
Outra parte da diretoria do Sindicato, Gilmar Santos, Érica Fabíola e Luiz Otávio, seguem em direção aos municípios de Xinguara, Mãe do Rio, Sapucaia, Redenção, Conceição do Araguaia e Santana do Araguaia para visitar todos os bancários e bancárias no local de trabalho, onde devem discutir assuntos específicos da categoria e entregar a Agenda 2012 aos sindicalizados.
Essa é a terceira vez em pouco mais de um ano que o Sindicato retorna à Região para realizar o projeto Caravana Bancária. “Este projeto foi desenvolvido para que os bancários e bancárias de cidades distantes da capital também possam receber os mesmos serviços ofertados em nossa sede que fica em Belém, sem precisar sair de sua cidade”, afirma a diretora do Sindicato em Marabá, Heidiany Moreno.
Mais problemas – Além das péssimas condições de trabalho, os bancários e bancárias de Marabá também sofrem com a falta de mais trabalhadores nas agências para atender a população de outras cidades próximas.
Ontem (9), durante visita aos bancos, o Sindicato flagrou o problema da superlotação no Bradesco da Velha Marabá. “Quando chegamos ao local, o Banco já estava fechado para o atendimento ao público, mesmo assim centenas de pessoas lotavam a agência ainda aguardando atendimento. Muitos clientes chegaram cedo de outra cidade para conseguir resolver seu problema e não tinham previsão sequer de que horas iriam sair de lá. Isso é o reflexo da ganância dos banqueiros que não abrem mais agências e também não contratam mais empregados para atender a população que padece horas em filas quilométricas. Enquanto que os bancários sofrem e adoecem com a extrapolação da jornada de trabalho”, denuncia o diretor do Sindicato e também empregado do Bradesco, Saulo Araújo.
Imposto Sindical – A Caravana também percorreu todas as agências bancárias de Marabá para entregar materiais informativos do Sindicato e informar os trabalhadores sobre o Plebiscito Nacional pelo fim do Imposto Sindical, lançado no dia 26 de março.
“O Plebiscito que segue até o dia 30 de abril, é uma oportunidade única para todos os trabalhadores opinarem se querem ou não o fim do imposto sindical, que é desconto de um dia de salário por ano de todos os trabalhadores com carteira assinada do país, independentemente de serem associados ao sindicato de sua categoria”, explica Rosalina Amorim.
O Plebiscito é a primeira ação da Campanha por Liberdade e Autonomia Sindicais que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realiza até agosto do ano que vem, quando a Central completa 30 anos. A segunda ação é um abaixo assinado que pretende coletar milhões de assinaturas para que a CUT possa exigir a ratificação da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho. Esta convenção garante liberdade e autonomia sindicais.
Fonte: Bancários PA, com CUT
