Enquanto país passa de 110 mil mortos, isolamento social completo cai para 21%

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Apesar de a pandemia do novo coronavírus continuar avançando no Brasil o isolamento social caiu em agosto ao menor nível desde o inicio da emergência sanitária. Na manhã desta quarta-feira, a média móvel de mortes em sete dias foi de 989 e o país ocupa o segundo lugar no ranking dos que mais registram mortes e novos casos de Covid-19, com 110.037 óbitos e 3,4 mihões de casos – perde apenas para os Estados Unidos.

Em 17 de abril, dia em que foram registradas 210 mortes em consequência da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, apenas 21% dos brasileiros declararam estar em isolamento completo e 50% afirmaram que saíam de casa quando era inevitável. Já em 11 de agosto, que registrou 1.274 mortes, as pessoas que se declararam em isolamento total eram 8%, enquanto as que diziam evitar sair de casa eram 43%.

Os dados são de pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (18) e indicam que o comportamento dos brasileiros em relação à pandemia é similar em todo país, variando pouco em relação à margem de erro, independentemente da fase em que estão os estados, uns com aceleração de casos de mortes, como Minas Gerais e Amazonas; outras estáveis como Goiás e Paraná e outras em queda como Rio de Janeiro e Mato Grosso.

A pesquisa mostra ainda que os idosos, que estão no grupo de risco, são mais cuidadosos, assim como as mulheres e os mais pobres – 11% dos que ganham até dois salários mínimos afirmaram estar em isolamento total. Já entre os que ganham mais de dez salários, o percentual de isolamento total caiu para 2%.

Quem apoia o presidente da República, Jair Bolsonaro (ex-PSL), que minimiza o impacto da doença e defende desde o inicio a abertura total da economia, também desprezam o isolamento social que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma das formas mais eficientes de evitar o contágio.

Cerca de 41% dos apoiadores de Bolsonaro disseram que estão totalmente isolados, contra cerca de 55% dos que criticam a gestão do presidente.

 

Fonte: CUT Nacional

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