Greve acaba, mas a luta continua no Banco da Amazônia

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Greve-acaba-mas-a-luta-continua-no-Banco-da-AmazôniaApós 21 dias de greve, a categoria bancária do Banco da Amazônia reunida em assembleia na tarde dessa segunda-feira, 20 de outubro, na sede do Sindicato dos Bancários do Pará, aprovou por maioria a proposta mediada na audiência de conciliação realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na última sexta-feira (17).

Pela proposta, os empregados terão o mesmo reajuste acordado pelos bancos federais com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ou seja, 8,5% de reajuste geral e 9% no piso com repercussão na tabela do PCS.

A proposta não inclui os 3 pontos que o banco tentava impor em alteração ao ACT anterior, referentes à integralização da remuneração, mudança na forma de pagamento do transporte noturno e condicionantes à liberação de dirigente da AEBA.

Com relação aos dias parados na greve, a propostas inclui a compensação pelos empregados de 75% dos dias parados, no prazo máximo de 120 dias, no limite de uma hora diária.

A proposta também contempla a antecipação de R$ 800,00 a título de PLR, sem condicionar a devolução caso o banco não atinja as metas estabelecidas.

Com a aceitação da proposta, o retorno ao trabalho será imediato a partir da 00:00 hora dessa terça-feira (21).

“A proposta aprovada representou o limite do nosso movimento de greve no Banco da Amazônia. O acordo arbitrado pelo TST não contempla os interesses e anseios da categoria, até porque o banco não apresentou nenhuma proposta para a pauta específica dos seus empregados. Por outro lado, os trabalhadores e trabalhadoras do banco estão de parabéns pela luta, organização e unidade no movimento, o que nos dá motivação para seguir acumulando forças entre nós e seguir na luta por melhores condições de vida e de salário no Banco da Amazônia, enfrentando a intransigência da direção”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“Infelizmente o Banco da Amazônia não quis dialogar seriamente durante toda a Campanha Nacional da nossa categoria. Mais uma vez terminamos uma greve no TST, única e exclusivamente pela inabilidade do banco em negociar. Essa atual direção do banco fez de tudo para enfraquecer o nosso movimento, seja com liminar de interdito proibitório, ou com ameaça de descontar o salário dos grevistas, com o monitoramento das nossas ações de greve, e com o dissídio coletivo. Nossa greve acaba, mas a nossa luta por dias mais democráticos e de valorização real dos trabalhadores do Banco da Amazônia continua sendo prioridade para nós”, destaca o vice-presidente da Fetec-CUT Centro Norte e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

“Nesse momento, devido a total intransigência do Banco da Amazônia, o mais importante é preservarmos o nível de unidade entre as entidades representativas dos empregados do banco e entre todos os seguimentos da categoria, para não desperdiçar essa energia positiva, que com certeza garantirão mais conquistas a frente, porque a luta com certeza continuará”, pontua o secretário de organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

Fonte: Bancários PA

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