Greve completa uma semana e mobilização aumenta em todo o Pará

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Comissões de convencimento do Sindicato estão ajudando a ampliar a greve dos bancários no ParáA greve dos bancários e bancárias em todo o Brasil completa sete dias nesta segunda (24). No Pará, a paralisação por tempo indeterminado continua crescendo, e para aumentar ainda mais a mobilização no Estado, Comissões de Esclarecimento estão sendo criadas para percorrer as agências onde ainda tem bancário que não aderiu à greve.

Hoje de manhã, um grupo formado pelos diretores do Sindicato Gilmar Santos e Fábio Gian e funcionários do Banco do Brasil visitou o prédio da CSL em Belém para explicar aos bancários e bancárias a importância da participação de todos na greve nacional da categoria.

Fábio Gian falou ao pessoal da CSL do BB que greve forte se faz com a adesão dos trabalhadores à paralisação“Greve forte é aquela que em que a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras cruza os braços por tempo indeterminado junto com toda a categoria, e não aquela em que é suspenso apenas o atendimento à população e internamente os bancários continuam trabalhando. Quem gosta desse tipo de greve é o banqueiro, e não estamos querendo agradar banqueiro algum, pelo contrário, nossa paralisação é justamente para chamar a atenção deles, os fazer sentirem no bolso o poder da nossa mobilização e que não estamos satisfeitos com as condições de trabalho e com os nossos salários”, explica o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Fábio Gian.

“Esse é o único momento que temos para isso, estamos na nossa data base e com o contrato de trabalho suspenso. Ou fazemos greve agora ou ficamos calados o resto do ano aceitando todo e qualquer tipo de humilhação e migalha que os banqueiros querem nos empurrar. Tenho certeza que todos aqui têm motivos de sobra para aderir a essa paralisação por tempo indeterminado, e a exemplo de anos anteriores, os dias parados não serão descontados”, complementa outro diretor do Sindicato e também funcionário do BB, Gilmar Santos.

Na Caixa, as mobilizações de hoje criticaram a abertura de PSI em plena greveCaixa abre PSIs para prejudicar grevistas

Em todo o país é forte a greve na Caixa Econômica Federal. A empresa, em flagrante desrespeito à Lei de Greve, lançou diversos Processos Seletivos Internos (PSIs), o que prejudica os empregados em greve. A prática está sendo denunciada em todo o país.

Hoje pela manhã o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Alan Rodrigues e diversos empregados do banco mantiveram a mobilização de convencimento na agência São Braz, em Belém, onde funcionam, além da agência, diversas gerências regionais e a superintendência da Caixa.

No final da tarde de hoje o Sindicato enviou ofício à superintendência regional da Caixa no Pará e à Diretoria de Pessoal do banco (DIPES) solicitando a suspensão imediata dos PSIs no Estado.

Greve forte no Banco da Amazônia

O movimento grevista também segue firme e forte no Banco da Amazônia. Hoje o Sindicato manteve as mobilizações em frente à matriz do banco, em Belém, onde mais de 60% dos empregados aderiram à paralisação por tempo indeterminado. O vice-presidente do Sindicato, Sérgio Trindade, e os diretores Cristiano Moreno, Rômulo Weyl, além do diretor da Fetec Centro Norte Roosevelt Santana, organizaram a manifestação e usaram carro som para denunciar a intransigência e falta de propostas por parte do Banco da Amazônia nesta Campanha Nacional.

População bem informada

Além de panfletagem, vários carros som foram colocados em frente às principais agências de Belém para informar à população sobre os motivos da greve.

No auto-atendimento, bancários também explicavam aos clientes e usuários que as reivindicações da categoria contemplam também a sociedade, que durante esse período, pode utilizar os serviços bancários nos caixas eletrônicos, internet banking e outros canais alternativos.

Entre as principais reivindicações da categoria que também beneficiam a população está a contração de mais bancários para um melhor atendimento e pelo fim das filas, abertura de novas agências, maior oferta de crédito, redução de juros e tarifas, maior investimento em segurança bancária, entre outros.

Greve no interior

Em Marabá, apenas o Banpará está aberto, mas de forma precária. A direção do banco deslocou funcionários de outros três municípios do sudeste paraense para trabalhar na agência.

Em Redenção, o funcionalismo do Banco da Amazônia também fortalece a greve no Pará.

mesa de negociação com o Banpará iniciou na manhã desta segunda (24)Negociação no Banpará

O sétimo dia de greve nacional é o vigésimo primeiro do funcionalismo do Banpará que hoje tem mais uma rodada de negociação específica. A reunião entre as entidades e a direção do banco ainda continua.

Já no Tribunal Regional do Trabalho, representantes do Banpará e das entidades sindicais participaram da audiência do mandado de segurança impetrado pelo banco para desmobilizar a greve do funcionalismo. A sentença deve sair no final do mês de outubro.

As principais reivindicações dos bancários:

● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%);
● Piso salarial de R$ 2.416,38;
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos;
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários;
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição;
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade;
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral;
● Mais segurança;
● Igualdade de oportunidades.

Fonte: Bancários PA

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