Desde 2010, com exceção de 2012, os bancários e bancárias do Banco do Brasil de Baião, nordeste do Pará, sofrem com os assaltos que ocorreram ao longo desses quatro anos, todos na mesma modalidade: vapor, que é quando os criminosos chegam atirando contra a agência, rendendo funcionários e clientes e na fuga levando parte dessas pessoas como reféns. Só no ano de 2011 foram 2 assaltos.
Na manhã desta quinta-feira (11), a história se repetiu. Cerca de 10 homens armados com fuzis e metralhadoras invadiram a unidade bancária. Segundo testemunhas a ação durou cerca de meia hora, tempo suficiente para deixar marcas da violência no local e a população do município assustada. Na fuga, um vigilante e um bancário foram levados como reféns, além de clientes e usuários. Antes da fuga da quadrilha, os reféns foram feitos de escudo humano e segundo testemunhas tiveram que segurar a munição para os criminosos.
“Assim como nos casos passados, o assalto ocorreu, mais uma vez, na primeira quinzena do mês, época de vários pagamentos, bastante movimentação de dinheiro, o que atrai a atenção dos criminosos, junto com a facilidade de fuga e o reduzido efetivo de policiais. Com tantos registros todos os anos na mesma cidade, já era mais do que na hora de o Governo do Estado rever a segurança no local para coibir esse tipo de crime que sempre deixa traumas nas vítimas que passam por esses momentos”, afirmou o diretor de saúde do Sindicato e funcionário do BB, Gilmar Santos.
O Sindicato acompanha o caso e já entrou em contato com a Gepes em Belém. Na próxima semana está prevista a visita de diretores da entidade até o município.
Mojuí dos Campos – Também nesta semana, na última terça (9), criminosos arrombaram o caixa eletrônico do PAB do Banco do Brasil em Mojuí dos Campos, oeste do Pará.
“Na última rodada de negociação com o BB em Brasília, o Comando Nacional reivindicou que todas as agências tenham todos os quesitos de segurança como porta-giratória com detector de metais e proibição do transporte de valores por bancários. Outro item da pauta específica é a atualização da indenização para funcionários que sofreram assalto, sequestro ou extorsão. No Programa de Assistência às Vítimas de Assalto e Sequestro, Pavas, os dirigentes sindicais reivindicaram que os funcionários participantes tenham a opção de escolher a unidade de preferência para retornar ao trabalho”, destacou a presidenta do Sindicato que faz parte do Comando Nacional, Rosalina Amorim.
A próxima mesa de negociação específica tratará de remuneração e demais itens restantes da minuta específica e ocorre hoje, dia 12, em São Paulo.
Fonte: Bancários, com Contraf-CUT
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