HSBC mundial lucra na base da demissão

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A notícia de que o lucro mundial do HSBC aumentou dos US$ 2,58 bilhões para US$ 6,35 bilhões entre os primeiros trimestres de 2012 e de 2013 parece soar positiva, retratando forte recuperação da instituição financeira, minada pela crise financeira mundial.

Junto, porém, vem a informação de que quem está pagando a conta são os trabalhadores. Desde o fim de 2010, o HSBC eliminou mais de 37 mil vagas de trabalho e, para 2013, a previsão é de mais 6 mil cortes pelo mundo. “Vocês podem prever, sem dúvida, que continuaremos focados em nossa base de custos”, confirmou para a agência Reuters o principal executivo do maior banco da Europa, Stuart Gulliver.

No Brasil, os trabalhadores vêm denunciado cortes. Só em março foram 40, mesmo com crescimento de quase 10% do lucro em 2012 frente ao resultado do ano anterior.

Os bancários reclamam, ainda, de práticas constantes e disseminadas de assédio moral contra funcionários de agências e departamentos, das mudanças nos planos de saúde e das chamadas “cartas de orientação”.

A mais recente “surpresa” da direção foi a redução da meta de crédito parcelado de R$ 70 mil para R$ 42 mil. Mas o que deveria ser motivo de comemoração veio com um gosto amargo, pois junto com a redução do montante vem a exigência de que 100% da meta terá de ser batida. Como se não bastasse, caso os bancários cumpram a meta, ainda assim terão de vender pelo menos um produto por dia, mesmo que os clientes não queiram nada.

Fonte: Seeb SP, com informações do Valor Econômico e da agência Reuters

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