28 anos de trabalho, de algumas renúncias, de responsabilidades. Entrando na fase da pré-aposentadoria e esperando pela chegada da data como gerente, mas o Itaú não, não esperou pelo dia e na semana passada demitiu a bancária.
Ela não foi a única trabalhadora a perder o emprego, de acordo com balanço do banco, referente ao primeiro trimestre de 2016, mostra que a holding encerrou março com redução de 2.902 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015. Foram abertas 74 agências digitais e fechadas 154 agências físicas no país (2 em Belém) entre março de 2015 e março de 2016, totalizando, ao final do período, 3750 agências físicas e 108 digitais.
“É um desrespeito velado não só com a categoria, mas também com clientes e usuários que esperam mais tempo para serem atendidos, pagam tarifas mais caras. E dos bancários e bancárias que continuam com o emprego fica a sobrecarga de trabalho, a cobrança abusiva por metas para enriquecer ainda mais o banco que teve o maior lucro anual da história registrado até hoje, segundo dados da Economatica”, destaca o diretor do Sindicato e empregado do Itaú, Victor Araujo, que com outros dirigentes sindicais estiveram em frente ao Itaú Nazaré para denunciar esse e outros desrespeitos contra a classe trabalhadora neste Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Itaú (1º).
O banco registrou lucro de R$ 23,35 bilhões em 2015, segundo balanço divulgado em fevereiro. Em relação ao ano anterior, quando os ganhos somaram R$ 20,24 bilhões, o aumento é de 15,4%.
“E foram com esses lucros exorbitantes que o Itaú e outros bancos financiaram o golpe contra a democracia brasileira. Como recompensa o economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, ganhou a presidência do Banco Central e logo de cara disse que para reduzir as taxas de juros, vai ser preciso consolidar uma severa política contra a inflação, que deve passar por um maior controle do gasto público; ou seja, trabalhadores e trabalhadoras serão os maiores prejudicados. Mas a lista das ameaças desse governo ilegítimo interino tem mais de 50 proposições que devem afetar diretamente o bolso e a vida da classe trabalhadora em todo o país”, afirma o dirigente sindical, Gilmar Santos.
O Sindicato colocou à disposição da bancária demitida toda a estrutura de assessoria jurídica oferecida pela entidade para a categoria no Pará.
Fonte: Bancários PA
