Movimentos sociais de Belém vão às ruas em defesa da democracia e de Lula

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População fez vigília em frente à Justiça Federal em apoio ao direito de Lula ser candidato

Na manhã dessa quarta-feira (24) o Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, deu início ao julgamento em segunda instância da sentença do Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a tarde de ontem, 23 capitais brasileiras realizaram a vigília pela democracia e pelo direito de Lula ser candidato à presidência da República.

Em Belém, os manifestantes se fizeram presente em frente ao prédio da Justiça Federal, na Travessa Domingos Marreiros, no bairro do Umarizal. Faixas, cartazes, batuque e muita música foram utilizados para chamar a atenção da população sobre o julgamento. A categoria bancária presente na manifestação somou forças com a CUT, CTB, Frente Brasil Popular, Juventude e demais movimentos do campo e da cidade que vieram de diversos municípios do estado como Abaetetuba, Barcarena e Igarapé Miri.

Para a diretora do Sindicato dos Bancários Odinéa Gonçalves, a condenação de Lula representa a continuidade do golpe que derrubou Dilma Rousseff. “Quem está cometendo um crime nesse julgamento de Lula é o judiciário brasileiro, por condenar uma pessoa sem provas. Foi o mesmo crime cometido pelo Congresso Nacional contra a presidenta Dilma. É por isso que reafirmamos que isso tudo é um grande golpe, que quer atacar todos os direitos da classe trabalhadora e entregar o patrimônio nacional para o capital estrangeiro através das privatizações. Não se trata apenas de defender o Lula, estamos aqui para defender, sobretudo, a democracia em nosso país”.

A diretora do Sindicato dos Bancários e da CUT Pará, Vera Paoloni, destaca que o momento representa um retrocesso aos tempos da ditadura militar no país. “Nós lutamos para que o país saísse da sombra da ditadura e parte do judiciário quer concordar com este golpe nos direitos da classe trabalhadora, de jovens, das mulheres e na nossa categoria bancária, tendo em vista que já está acontecendo desmonte no Banco do Brasil, na Caixa, Banco da Amazônia e em todas as empresas públicas deste país”.

A presidenta da CUT Pará, Euci Ana da Costa, também reforça esse ponto de vista. “Nós nos articulamos para a defesa da classe trabalhadora para que não seja condenado a nossa luta. Não é só Lula que tá sendo condenado sozinho, mas sim a democracia nesse país”.

Fonte: Bancários PA

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