Novembro começa com três ataques a bancos no Pará

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O trajeto diário da mãe e filha foi interrompido por criminosos que renderam as vítimas próximo ao local de trabalho da bancária, agência do Banpará, em Castanhal, nordeste do Pará, na manhã desta terça-feira (1º). A jovem de apenas 19 anos foi levada pelos assaltantes que exigiram dinheiro em troca da liberação da menina, que horas mais tarde foi localizada em Marituba, Região Metropolitana de Belém, sem ferimentos.

Sindicato presente em Castanhal, nordeste do Pará

Sindicato presente em Castanhal, nordeste do Pará

O Sindicato foi até o município para acompanhar o desfecho do caso de perto, tentou falar com as vítimas, mas não conseguiu; mesmo assim conversou com colegas de trabalho da bancária colocando-se à disposição do funcionalismo da agência para qualquer atendimento que precisarem.

“Quando chegamos lá, a agência estava fechada e os colegas bastante nervosos pela situação. Conversamos com eles e deixamos nossa assessoria de saúde à disposição para todos e todas, que assim como a bancária, também foram vítimas dessa criminalidade que nos torna cada dia mais reféns diante da inoperância do Governo do Pará com medidas mais eficazes de prevenção e combate à insegurança pública e privada”, destaca o diretor do Sindicato e empregado do banco, José Maria Costa.

Mocajuba – Além de Castanhal, outra agência bancária na região nordeste do Pará também foi alvo de criminosos nesta terça. Pelo menos 10 assaltantes com armas de grosso calibre invadiram, a tiros, o Banco do Brasil em Mocajuba.

Segundo testemunhas, a ação criminosa aconteceu no momento em que a unidade recebia malotes com dinheiro transportados por uma empresa de segurança. Na fuga, cerca de 20 pessoas entre bancários, vigilantes e clientes foram levadas como reféns em duas caminhonetes e um carro de passeio. Todos foram liberados, sem ferimentos, horas depois.

De acordo com a Polícia Militar, o alvo da quadrilha era o município de Baião, na mesma região, mas o plano inicial teria sido frustrado naquela cidade.

Nenhum suspeito foi preso. Policiais de Cametá já foram deslocados para reforçar as buscas pelos criminosos. O Sindicato já entrou em contato, por telefone, com uma das vítimas para orientá-las.

“Sempre recomendamos que o bancário solicite a emissão do ‘Comunicado de Acidente de Trabalho’ ao banco. A empresa deve fazer isso sem que ninguém peça, já que o documento é um direito do trabalhador vítima de acidente de trabalho, para buscar atendimento médico e psicológico. Caso o banco não o faça, o bancário deve entrar em contato com o Sindicato para que possamos emitir o documento e acompanhar o processo junto ao bancário e demais colegas que também têm que ter a CAT garantida. Às vezes os traumas surgem meses depois do assalto e o trabalhador precisa ser afastado para tratamento”, explica o diretor de saúde do Sindicato e empregado do BB, Gilmar Santos.

Segundo levantamento feito pela entidade, somente neste ano, 83 bancários e bancárias foram ou ainda estão afastados do trabalho para tratamento médico, a maioria vítima de assalto. O Banco do Brasil, junto com a Caixa, são o segundo banco que mais tem trabalhadores adoecidos, ficando atrás somente do Banco da Amazônia.

Ananindeua – A onda de ataques a bancos começou nas primeiras horas de novembro na agência do Santander, na Cidade Nova, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Homens armados arrombaram dois caixas eletrônicos e levaram todo o dinheiro. Eles ainda tentaram abrir o cofre, mas não conseguiram. Antes de fugir, a quadrilha ainda destruiu todo o sistema de segurança para dificultar o reconhecimento deles. Até agora ninguém foi preso.

Atualizada em 03.11 às 12h22 

 

 

Fonte: Bancários PA

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