Ocupa Banpará quebra silêncio do banco. Nova rodada de negociação ocorre amanhã (11)

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Movimento Ocupa Banpará conquistou nova mesa específica para essa sextaMais uma vez a categoria bancária no Pará provou que somente com luta e mobilização, uma greve forte quebra o silêncio e arranca uma nova negociação. No Banpará foi assim, no final da manhã dessa quinta-feira (10), 22º dia de greve, após ato público em frente à matriz seguido do movimento “Ocupa Banpará”, a direção do banco finalmente marcou uma nova rodada de negociação para amanhã (11), às 11 horas.

Direção do banco sentiu que a categoria quer negociação que solucione a greveAntes de serem recebidos pela direção do banco, bancários e bancárias ocuparam o hall que dá acesso às salas da Diretoria e da Presidência, que trancaram as portas para impedir a manifestação.

“Esperamos que dessa vez o Banpará, definitivamente, apresente uma proposta decente para seu funcionalismo, que vive uma realidade muito aquém do discurso do banco, como se tudo estivesse as mil maravilhas. Se realmente fosse assim, os bancários e bancárias do Banpará com certeza não estariam de braços cruzados há 22 dias”, afirmou o Secretario de Relações de Trabalho da Contraf-CUT, Adilson Barros que está em Belém para acompanhar de perto as negociações com o banco.

Apressão dos trabalhadores, direção do Banco reuniu e confirmou nova rodada para sexta-feiraAté se confirmar a data e o horário, a reunião com a direção do banco e as entidades sindicais (Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec-CN e Afbepa) foi tensa. Enquanto isso, outros bancários e bancárias aguardavam do lado de fora o resultado.

Em vários momentos da reunião, representantes do Banpará trataram a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do banco como um jogo; outros momentos, que os bancários e bancárias colocassem mais o ‘pé no chão’ e deixassem de sonhar tão alto.

Funcionalismo aderiu em massa ao movimento Ocupa BanparáAntes de serem recebidos, dezenas de funcionários e funcionárias do Banpará ocuparam a calçada da matriz do banco para pressionar a retomada da mesa.

“O Banpará precisa entender que essa greve é resultado da indignação da maioria dos bancários e bancárias do banco que não se sentem respeitados e honrados por essa direção que nem sequer, nos momentos que o bancário mais precisa recebe apoio. O Banpará não mandou nenhum de seus representantes para acompanhar o bancário que foi sequestrado na semana passada em Castanhal durante seu depoimento. Nós estávamos lá e continuamos prestando toda a assistência para ele e sua família”, lembrou a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Érica Fabíola.

Não abrimos mão do tíquete extra“A direção do banco precisa ter vontade de negociar e não de apenas gerenciar o lucro. Está nas mãos dessa direção ter a sensibilidade e competência para tirar o funcionalismo da greve. Cada banco tem suas demandas específicas e elas são fundamentais na mesa de negociação, além do reajuste salarial, pois o que tira da greve é tíquete extra, PLR social, promoção para todos em janeiro de 2014 com desatrelamento de tempo e mérito na promoção e o abono dos dias da greve”, destacou a diretora da Fetec-CN e funcionária do banco, Vera Paoloni.

Ocupa BanparáOutra funcionária do Banpará que também é diretora do Sindicato, Odinéa Gonlçalves parabenizou todo o funcionalismo que mais uma vez atendeu ao chamado do Sindicato e compareceu em peso na manifestação. “Vários colegas de outras agências do Banpará, como a de São Braz, estão aqui fortalecendo o movimento e junto com a gente reafirmam que só sairão da greve com uma proposta decente. Quero também lembrar a direção desse banco que a ‘Ciriana’ não é nenhuma doação, nenhum favor, é adiantamento de uma parte do nosso 13º salário. O tíquete extra também é nosso e exigimos a devolução, bem como o pagamento da PLR social”, ressaltou a dirigente sindical.

Nazareno Tourinho presente no ato Ocupa BanparáA também diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Sara Morais cobra valorização do funcionalismo para o fortalecimento do banco. “Lutar pela valorização do funcionalismo, que é o que estamos fazendo nesta e em todas as greves, significa fortalecer a instituição enquanto um banco público, estadual e comprometido com o desenvolvimento do Pará, pois somos a peça principal dessa engrenagem chamada Banpará”.

Quem também compareceu ao ato foi o primeiro presidente da Associação dos Funcionários do Banpará, Nazareno Tourinho. “Estou orgulhoso de cada um de vocês que continuam a luta por melhores salários e condições de trabalho. Estou aqui para ajudar a se chegar a uma negociação e não puxar saco de ninguém, e deixo minha mensagem de nunca desistirem dos seus sonhos, não tenham medo”.

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Fonte: Bancários PA

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