Pandemia e PLR na pauta das entidades sindicais com Banco da Amazônia

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Pagamento das PLR 2017 e 2020 foram debatidas. A pedido das entidades, a pandemia será tema permanente em todas as mesas com o Banco da Amazônia

Na tarde desta terça-feira (30), o Sindicato dos Bancários do Pará, o Sintraf Roraima, a Fetec-CUT/CN e Contraf-CUT voltaram a reunir de forma telepresencial com o Banco da Amazônia para tratar de assuntos que estão na ordem do dia para os empregados da instituição: o pagamento das PLR 2017 e 2020 e as medidas preventivas no Banco contra a Covid-19, tema este que, a pedido das entidades sindicais será pauta permanente nas mesas permanentes com a instituição, em razão tanto da atual conjuntura pandêmica, quanto em razão da necessidade de avaliação periódica sobre a situação.

As entidades também solicitaram a inclusão do tema de reestruturação como pauta permanente porque, apesar de não ocorrer reestruturação na base do Pará, outros estados, que possuem sindicatos filiados à CONTRAF, serão afetados pela medida. O banco negou o pedido por já ter sido tratado em momento anterior.

PLR 2017

“O banco não concorda em assinar um acordo com ressalvas. Vai se manifestar oficialmente sobre a proposta apresentada às entidades através de ofício. As entidades reiteraram a necessidade de negociação sobre o pagamento dessa PLR, levando-se em consideração o disposto na decisão judicial”, pontua a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

PLR 2020

O Banco da Amazônia apresentou os dados referentes a apuração do resultado da empresa e informou que o módulo social, referente a 3%, foi atingido na sua totalidade, entretanto em relação ao módulo básico, referente a 6,25%, atingiu apenas 99,43%, representado assim a distribuição total de 9,19%.

O Banco também apresentou a Resolução BACEN n. 4.885/2020, que impõe o limitador de 30% ao pagamento dos dividendos e juros sobre o capital próprio sobre o resultado, o que impacta nos valores a serem distribuídos para fins de PLR.

“Sobre os valores a serem distribuídos, as entidades pontuaram esse valor residual de 0,06% em relação ao pagamento da PLR. Embora o banco alegue a questão das metas impostas pela SEST, cabe salientar que o ano de 2020 foi completamente atípico e a categoria bancária, por ser considerada essencial, não parou nem durante os períodos de lockdown. Além disso, há de se considerar que em outros indicadores o banco conseguiu superar as metas estabelecidas e não é razoável que para um ano de pandemia, com quadro da ativa nas unidades reduzido, o banco deu resultado muito bom para um ano de crise”, ressalta o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

“No fim das contas os funcionários acabam sendo penalizados com a redução do percentual imposta pelo governo como medida econômica para enfrentamento da crise acentuada pela pandemia e ainda não conseguem acessar os 9,25% da totalidade da PLR, mesmo tendo trabalhado na linha de frente e garantido que o Banco da Amazônia não tivesse uma grande redução em relação ao resultado do ano anterior, principalmente quando comparado a outros bancos”, destaca a diretora do Sindicato e empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.

Outro ponto referente a PLR 2020 é que as entidades solicitaram, novamente, a antecipação do pagamento da PLR, o Banco respondeu que até dia 30/04 irão realizar o pagamento, haja vista que a assembleia geral dos acionistas está marcada para 22/04/2021 e a PLR somente é paga após o pagamento dos acionistas.

Novamente as entidades criticaram o que consideram uma falta de esforço para que a burocracia pudesse ocorrer com mais celeridade, pois estamos numa situação atípica e seria muito importante que a PLR pudesse ser liberada com maior antecedência, conforme solicitado no início do ano pelas entidades.

“As pautas que foram tratadas com o banco estão na ordem do dia para os empregados do Banco da Amazônia. Esperamos que o banco atenda o pedido das entidades sindicais e faça o pagamento da PLR o quanto antes”, afirma a dirigente da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

COVID-19

As entidades sugeriram ao Banco da Amazônia a aquisição e distribuição para os funcionários de máscaras modelo PFF2 e N95, que possuem eficácia de proteção maior do que as de tecido. A comissão de empresa informou que após o recebimento desse pedido, realizado pelo Sindicato, iniciou a verificação da possibilidade de compra das referidas máscaras, bem como estão avaliando junto a equipe médica se seria melhor a PFF2 ou novas máscaras de tecido aliada com a utilização de face shield. Tão logo cheguem a uma decisão, informarão às entidades.

Sobre os protocolos de segurança, o banco informa que permanecem os mesmos, inclusive reforçam o afastamento do pessoal pertencente ao grupo de risco, além de manter um processo de educação e conscientização sobre a covid-19 através de suas redes institucionais internas.

Além dessas questões, também foi abordado a questão da vacinação, onde o sindicato informou que está buscando junto a deputados e vereadores, além de encaminhar ofícios aos prefeitos e governador, solicitando a inclusão da categoria bancária nos grupos prioritários, tendo em vista que é um grupo de trabalhadores que não parou de trabalhar em nenhum momento durante a pandemia.

 

Fonte: Bancários PA

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