CN 2015: Pará fecha primeira semana de greve com 74% das agências paradas

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Nessa sexta-feira (9) a greve nacional por tempo indeterminado da categoria bancária chegou ao 4º dia, e no Pará o fechamento dessa primeira semana foi bastante positivo tendo em vista a grande adesão dos bancários e bancárias ao movimento, com 365 agências paralisadas em todo o estado, o que corresponde a 74% do total de agências bancárias no Pará. Nacionalmente já são mais de 10 mil unidades bancárias em greve.

Na manhã de hoje os principais pontos de concentração dos trabalhadores e trabalhadoras em greve foram na Superintendência de Tecnologia (SUTEC) e na Agência Senador do Banpará, como resposta à intransigência do banco nas mesas de negociações específicas. Nessa Campanha Nacional 2015 o Banpará cancelou duas rodadas de negociações por querer interferir na representação das entidades sindicais em mesa, e nas duas reuniões que ocorreram não quase nada de avanço.

“O Banpará adotou uma postura autoritária e bastante intransigente para a Campanha Nacional desse ano. Por outro lado, o funcionalismo do banco, mais uma vez, tem dado uma resposta a altura em termo de organização e participação ativa nas nossas mobilizações de greve. Seguiremos fortalecendo cada vez mais o nosso movimento no Banpará e em todos os bancos, pois temos certeza que a força da nossa greve e a unidade da nossa categoria serão fundamentais para alcançarmos vitórias nessa Campanha Nacional”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Sul e Sudeste – Em Marabá a grande concentração foi na agência do Itaú na Velha Marabá, onde o banco contratou uma empresa para retirar todos os materiais de greve da categoria. Em resposta, os dirigentes do Sindicato e bancários em greve realizaram um ato público em frente à unidade, que culminou com uma grande colagem de adesivos na fachada do local.

“Não aceitamos retaliações ao nosso movimento, que é legal e democrático, principalmente quando a prática antissindical parte do banco que mais tem lucrado no país, assim como é o banco que mais demite e impõe metas abusivas à categoria. A resposta dada hoje ao Itaú é para mostrar aos banqueiros que estamos fortes na luta e exigimos respeito, e vamos fortalecer ainda mais a greve em busca de melhores salários e melhores condições de trabalho”, destaca a dirigente sindical em Marabá, Heidiany Moreno.

Oeste – Nessa sexta-feira todas as agências de Alenquer e Oriximiná aderiram ao movimento de greve. Em Óbidos a previsão é que na próxima terça-feira todas as agências bancárias também entrem na paralisação por tempo indeterminado. E em Santarém, o movimento tem ganhado novas adesões todos os dias.

“A greve está forte aqui na região oeste do Pará, pois a categoria está se convencendo de que somente com nossa luta é que podemos alcançar nossos objetivos. Na próxima semana temos certeza que mais colegas estarão conosco nessa greve, e não iremos descansar enquanto não tivermos nossas reivindicações atendidas pelos bancos. Vamos à luta até a vitória”, pontua o dirigente sindical em Santarém, Joacy Pereira.

Sua agência parou? Mande fotos do movimento – Ajude a construir nosso mural da greve pelo Estado enviando fotos do movimento em sua agência para comunicacao@bancariospa.org.br. Não se esqueça de informar também o município.

Sua agência não parou e você está sendo coagido? – Denuncie ao Sindicato pelo mesmo e-mail informado acima ou entre em contato com o setor jurídico da entidade no (91) 3344-7769. Em todos os casos, o sigilo do trabalhador é garantido.

Principais reivindicações da categoria:

Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);

PLR: 3 salários mais R$7.246,82;

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Bancários PA

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