PCS: Progressão por antiguidade tem que sair em 2013

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BanparáOs bancários e as bancárias do Banpará estão apreensivos com um forte boato de que o banco não estaria disposto a processar em janeiro de 2013 a promoção por antiguidade que é devida a todos os trabalhadores que optaram pelo PCS e enquadrados na nova tabela em 2010.

É impressionante como a atual direção do Banco procura formas de burlar os direitos de seus mais de 1.300 funcionários que fazem o lucro e o sucesso da empresa acontecer.

Diante dessa situação, o Sindicato já mobilizou sua assessoria jurídica para ingressar com todas as ações jurídicas cabíveis, caso o Banpará realmente adote essa postura temerária de frustrar as expectativas de seus trabalhadores.

A questão da progressão por antiguidade foi exaustivamente debatida ao longo dos últimos anos, sendo que no ACT 2011/2012 foi pactuado o tempo de 3 (três) anos para o intervalo entre uma promoção e outra. Como o enquadramento de todos os funcionários se deu em janeiro de 2010, é certo que a próxima progressão ocorrerá em janeiro de 2013. Estamos atentos e preparados para reagir a qualquer tentativa de retirada de direitos.

Simão JateneGESTÃO TUCANA ENGESSA E RETIRA DIREITOS

O certo é que após a volta dos tucanos ao Governo do Estado, o funcionalismo do Banpará passou a viver sobressaltado, esperando um novo golpe a cada dia.

Primeiro vieram os descomissionamentos e transferências por motivos políticos. Todos os que trabalharam no Governo da bancária Ana Júlia foram descomissionados ou transferidos, tendo que ingressar em juízo para manter o poder de compra dos salários. O Sindicato denunciou e acompanhou judicialmente os bancários perseguidos.

Em seguida o Banpará demitiu um colega sem o devido processo administrativo interno. Novamente o Sindicato foi à Justiça Trabalhista para defender o colega, que venceu a ação e conseguiu sua reintegração aos quadros do Banco.

Depois, de forma inédita, o Banco repassou ao Governo do Estado mais da metade do lucro da empresa, lucro esse formado em grande parte por antecipação de créditos tributários, o que significa que o Banpará repassou ao Governo, em pleno ano eleitoral, recursos que só entrarão no caixa da empresa no futuro, em uma manobra arriscada e de pouco compromisso com o Banco, onde os recursos poderiam ser reaplicados para sua modernização.

Após isso, o Banco modificou unilateralmente o horário de funcionamento das agências do interior do Estado, ampliando em uma hora o fechamento das mesmas, causando situação de insegurança e excesso de jornada. O sindicato tem feito denúncias e paralisações nas agências do interior, na tentativa de reverter a decisão da direção.

Em relação ao ponto eletrônico, o Banco se recusa a negociar a implantação do mesmo, o que daria a possibilidade de se estudar método de controle eletrônico da jornada que atendesse às demandas dos funcionários e da própria empresa, já que serviços e setores poderão precisar de tratamento diferenciado, respeitando-se a jornada legal. O Banco prefere implantar de forma unilateral e com regras rígidas, como o intervalo rígido de duas horas para almoço e tentando ampliar em quinze minutos o horário de todos, o que não aceitaremos, inclusive já estamos preparando ação judicial sobre o assunto.

Caso mais grave foi a retirada do tíquete extra na última campanha salarial, após uma greve prolongada de 23 dias. Sobre isso, já fizemos manifestações e abaixo-assinado, mas nada parece sensibilizar a direção da empresa. O Sindicato também está estudando a questão do ponto de vista jurídico.

Portanto, quando surge um boato de malvadeza por parte da direção do Banpará, todos ficam apreensivos. Agora o boato versa sobre a promoção que é devida aos trabalhadores em janeiro de 2013. Porém, esquece o Banco que o domínio das teses neoliberais no Brasil já é coisa do passado e os tribunais já não aceitam com passividade a retirada de direitos dos trabalhadores, como na década de 1990, era de ouro dos (des)governos tucanos.

Em 2010, o Sindicato já alertava que a volta do tucanato ao poder Estadual seria desastrosa para os bancários do Banpará. Infelizmente, algumas pessoas acabaram abraçando a candidatura do candidato Jatene, na vã esperança de que ele teria a hombridade de cumprir compromissos assumidos em campanha, quando já havia dado mostras, em seu primeiro governo, de que não estava nem aí para o Banpará, nem para seus funcionários, como de resto em relação a toda a sociedade paraense. Outra tese para que alguns e algumas abraçassem a candidatura Jatene àquela altura seria um acordo político de apoio à uma outra candidatura à prefeitura de Belém. O certo é que aquele apoio dado ao Jatene em 2010, hoje é cobrado dos funcionários do Banpará.

Hoje amargamos esse governo que mais uma vez massacra os funcionários do Banpará e os funcionários públicos de modo geral, mas estamos novamente na trincheira, para mudar o rumo do estado de caos que tem tomado conta do nosso estado e do avanço covarde sobre os direitos dos trabalhadores. Vamos resistir!


Fonte: Bancários PA

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