Planos de previdência devem atingir R$ 330 bi sob gestão neste ano

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previdencia-privada-dicas-para-escolherO mercado de previdência privada cresceu 32% no primeiro semestre deste ano, com uma captação de R$ 33 bilhões no período, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). A entidade estima um crescimento de 25% para os ativos sob gestão no segundo semestre de 2012, chegando a R$ 330 bilhões em ativos administrados.

Segundo o vice-presidente da Fenaprevi, Osvaldo Nascimento, o mercado deve continuar se expandindo, já que a maioria da população brasileira ainda conta somente com a previdência pública, o que deve mudar com as reformas das previdência. “O crescimento robusto da previdência privada para as classes D e E está muito ligado às reformas previdenciárias”, avalia.

Para o diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio Oliveira, as diversas possibilidades de uso da previdência privada também devem continuar atraindo novos clientes. “Hoje o plano de previdência serve como instrumento de poupança para atender várias necessidades que uma pessoa tem no desenvolvimento da sua vida, como a compra de uma casa, o casamento da filha, uma temporada de estudos no exterior”, diz.

Nascimento e Oliveira avaliam que a queda da taxa de juros será benéfica para o crescimento do mercado, apesar de aumentar as dificuldades para os fundos atingirem suas metas de rentabilidade. “O juro baixo torna visível as vantagens de um investimento de longo prazo como a previdência”, avalia Nascimento.

Esse movimento, no entanto, não deve necessariamente provocar uma queda nas taxas de administração e de carregamento dos planos. “Houve uma queda, mas não necessariamente o preço é determinante, também importa o valor agregado ao produto”, pondera Nascimento.

Os poupadores individuais lideraram as aplicações nos planos no primeiro semestre deste ano, com aportes de R$ 28,6 bilhões, alta de 36,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Liderando a arrecadação, a Bradesco Vida e Previdência tem 30% do montante captado no semestre, seguida de perto por Brasilprev, com 24,2%, e Itaú Vida e Previdência, com 24,7%. Não entram nessa conta as contribuições a fundos de previdência fechados, caso dos fundos de pensão de empresas, exclusivos dos funcionários das companhias e geridos por entidades próprias.



Fonte: Valor Econômico

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