Presidente da Caixa usa banco como palanque eleitoral, afirma deputada Erika Kokay

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Durante live promovida nesta quarta-feira (12) pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), a deputada federal (PT/DF) Erika Kokay afirmou que o atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, utiliza a instituição como palanque eleitoral. O evento marcou os 161 anos da Caixa, completados nesta quarta-feira (12) e acentuou o papel social da instituição.

“O presidente da Caixa é um sabujo, ele não tem voz própria, é um ventríloquo do presidente da República. E ele fica tentando utilizar a Caixa como instrumento e palanque eleitoral. Isso é um desrespeito com essa empresa”, disse a deputada, citando as viagens do presidente do banco público aos municípios brasileiros.

Erika Kokay alertou que o presidente da Caixa mente quando diz que o banco não dava lucro em gestões anteriores a dele. “Nós entramos com representação contra ele. Porque não é possível se usar da mentira como metodologia de ação”, explicou.

A deputada também questionou os motivos da contratação de um amigo do presidente Bolsonaro, com dispensa de licitação, para fazer propaganda do auxílio emergencial, estar sob sigilo. “Ninguém sabe o valor que foi gasto com esse senhor, amigo de Jair Bolsonaro. Isso é inadmissível”, frisou Kokay.

Desafios

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, alertou que o governo Bolsonaro está trabalhando para retirar as fontes de recursos da Caixa e assim diminuir o seu papel social. De acordo com ele, quem sai ganhando com essa política é o mercado financeiro.

Para Takemoto, o maior desafio para 2022 é resistir aos ataques deste governo. “Precisamos que todos os empregados se conscientizem desses ataques. Precisamos que a sociedade se conscientize que o governo pretende acabar com a Caixa. Vamos nos dar as mãos para defender esse patrimônio. Defender a Caixa é defender o Brasil, a população mais carente e a igualdade”, explicou Takemoto.

De acordo com o presidente da Fenae, não é possível continuar mais quatro anos com esse governo. “Precisamos de um governo que tenha um olhar atento e cuidadoso para a população. E precisamos de parlamentares comprometidos com a classe trabalhadora”.

O diretor de Formação da Fenae, Jair Pedro Ferreira, ressaltou que toda a população, independente da sua condição de renda, passa pela Caixa de alguma forma. “Seja pra fazer um financiamento, para empresários aprovarem projetos na área de habitação, para pegar o auxílio emergencial ou até sacar o FGTS. Isso tudo é uma demonstração da importância que a empresa tem”.

Privatização

O governo Bolsonaro vem trabalhando para privatizar o máximo de empresas públicas possível. A Caixa está na mira dessa política desde o início. No entanto, para alcançar esse objetivo, o governo vem fatiando o Banco Público e vendendo suas partes.

Assim, de acordo a deputada Erika Kokay, a privatização não precisa passar pelo aval do Congresso Nacional. “Eles fazem isso porque tentar privatizar a Caixa terá resistência inclusive dos parlamentares que hoje fazem parte da base de apoio do próprio governo. Por isso eles tentam essa privatização covarde”, explicou a deputada.

Kokay alertou ainda que a criação do Banco Digital é para privatizá-lo futuramente, como já foi dito até mesmo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente da Caixa.

Empregados Caixa

Ferreira ressaltou a época de pagamento do auxílio emergencial – em 2020 e 2021 – e a importância dos trabalhadores do Banco Público ao desempenharem o papel de atender milhões de brasileiros. Além disso, Ferreira lembrou que a Caixa é realmente o banco de todos os brasileiros.

A secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Proscholdt, frisou a importância dos empregados se unirem e lutarem por tudo o que irá trazer melhores condições de trabalho. “É desumano o que está sendo feito nas unidades. Nós temos poucos trabalhadores para a demanda que nós temos dentro da Caixa”, explicou.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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