O Banpará foi o único dos bancos públicos que não se dispôs a receber o Sindicato dos Bancários do Pará em mesa permanente de negociação após a Campanha Nacional 2012. Infelizmente, o funcionalismo do banco sabe que esse é bem o molde tucano de governar.
No último dia 21 de novembro, oficializamos pela terceira vez nosso pedido de abertura de mesa específica para discutirmos pontos que consideramos de urgência: tíquete extra, horário de funcionamento das agências do interior do Estado e ponto eletrônico. Mas o Banpará, na figura de seu presidente respondeu que tem interesse em discutir apenas, e tão somente, no que diz respeito à elaboração de forma alternativa de controle de jornada, diversa do ponto eletrônico, nos termos da Portaria nº. 1.120/95 do MTE.
O banco quer discutir de acordo com a Portaria 1.120/95 do MTE, que foi revogada e substituída pela Portaria 373/2011 do MTE. Queremos mesa específica, mas não para negociar de acordo com a portaria criada no período neoliberal, época de arrocho salarial e total falta de diálogo com a categoria. A portaria 373/2011 do MTE permite que o Sindicato representante da categoria fiscalize o sistema de controle de jornada de trabalho.
Em relação ao tíquete extra, consideramos que este é um estímulo à dedicação dos funcionários e perfeitamente compatível com os resultados apresentados pelo banco, fruto exatamente do esforço do funcionalismo desde 2008, e retirá-lo foi uma medida que abalou as finanças dos funcionários do Banpará.
Quanto ao horário de funcionamento das agências do interior, o banco informou que atua em plena conformidade com os regramentos estipulados pela Policia Federal e legislação estadual sobre segurança bancária.
Mesmo assim, solicitamos que o Banpará tenha a sensibilidade de tratar esse assunto com o máximo de humanismo, posto que mesmo com todo o aparato de segurança que os bancos no Pará tem implementado, o número de assaltos ainda é alarmante, até novembro de 2012 foram 41 ações de violência às agências (assaltos consumados com explosões de agências e sequestros de gerentes e/ou sua família, arrombamentos de caixas eletrônicos e tentativas). Em sua maioria essas ações ocorreram, como nos anos anteriores, justamente no interior e muitos trabalhadores sofrem abalos psicológicos graves em decorrência dessas ações, portanto, é urgente a necessidade de revisão desse modelo de funcionamento.
Conclamamos a presidência do banco a reunir com esta entidade sindical, legalmente constituída para representar a categoria bancária, honrando com o compromisso que assumiu na mesa de negociação durante a campanha salarial e no ato da assinatura do acordo coletivo de trabalho.
Solicitamos formalmente ao Banpará agenda para o dia 28.11.12, o banco ainda não respondeu. Queremos negociação!
Fonte: Bancários PA
