Ratos invadem Superintendência Regional do Banco da Amazônia e trabalho é suspenso após ação do Sindicato

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Hoje (8) os empregados da Superintendência Regional do Banco da Amazônia não foram trabalhar, como de costume, no prédio onde o setor funciona na Rua Municipalidade em Belém. O local está contaminado por fezes e urina de ratos (fotos) após a invasão dos roedores desde o início dessa semana.

“Acreditamos que a maré alta trouxe esses mamíferos para cá, também atraídos pelo material que fica aqui guardado, como papéis. A solução agora e deve ser feito de imediato é uma desratização completa em todo o local pela saúde de todos os trabalhadores e trabalhadoras”, afirma o diretor do Sindicato e empregado do banco, Luiz Otávio.

O perigo de continuar trabalhando no local já contaminado foi atestado por uma médica do trabalho enviada pelo Banco da Amazônia, junto com representantes do SESMT, CIPA e GEPAC (Gerência de Patrimônio), após intervenção do Sindicato. Os dirigentes sindicais Luiz Otávio, Sérgio Trindade e Odinéa Gonçalves também acompanharam a vistoria que foi realizada ontem (7).

“Assim que recebemos a denúncia enviamos ofício ao banco pedindo abertura de CAT, suspensão das atividades e agilização da transferência da unidade para o novo prédio. No dia da assinatura do acordo de pagamento da PLR, na terça, ratificamos o pedido de soluções imediatas, o que só ocorreram dois dias após insistência nossa, uma vez que a empresa disse que enviaria uma equipe técnica ao local no dia seguinte que seria na quarta. Enquanto isso os colegas corriam risco de contaminação, como a leptospirose”, lembra Sérgio Trindade.

Além de cobrar providências urgentes junto ao Banco da Amazônia assim que recebeu a denúncia, o Sindicato também encaminhou ofício comunicando a instituição a paralisação das atividades, em razão do estado de necessidade e calamidade pública após detectada a contaminação.

Diante da morosidade da empresa em resolver o problema, o Sindicato protocolou denúncia junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) solicitando vistoria por auditor fiscal do trabalho e interdição do local. Antes disso, a entidade se reuniu com o superintendente da SRTE, Miriquinho Batista para ratificar a infestação e mostrou fotos da unidade tomada por fezes dos roedores.

Desratização – Segundo o Banco da Amazônia o trabalho de desratização começaria ainda na quinta-feira (7) após evacuação do local, enquanto isso, os empregados da unidade teriam os dias abonados e o ponto de ontem liberado.

O Sindicato vai ainda hoje, acompanhado de um auditor fiscal do trabalho, ao prédio da Superintendência Regional confirmar se a eliminação dos roedores já começou conforme informado pelo banco. A entidade também irá retornar ao local na próxima segunda-feira (16) para verificar se o espaço já está liberado para retorno seguro do funcionalismo.

Outras doenças transmitidas pelos ratos – Além da leptospirose, transmitida pela urina dos ratos, os roedores podem causar outras doenças:

Peste bubônica ou peste negra: uma das doenças mais antigas que se têm registros. Transmitida pela pulga do rato de telhado, podendo causar a morte, assim como a leptospirose, em caso de demora no diagnóstico da doença e tratamento com antibióticos.

Tifo murino ou febre murina: também transmitida pela pulga do rato de telhado. Tratamento também é por antibióticos.

Febre da mordida do rato: como o nome diz, é transmitida pela mordida do roedor, quando ele está infectado. Também é passada através da ingestão de alimentos infectados pela saliva do roedor. Causa febre, vômitos e dores musculares. Pode evoluir para pneumonia e até infartos. O tratamento é feito com antibióticos, como a penicilina.

Hantavirose: Passada pela saliva e pela urina dos ratos. Causa uma virose que pode ser mortal. Não há tratamento específico para a doença. Tratam-se apenas as infecções pulmonares que ela causa.

Sarnas, alergias: o pelo dos ratos e o contato com os roedores podem causar sarnas e alergias.

 

Fonte: Bancários PA, com informações da Sampex

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