Saúde Caixa é pauta de reunião, na primeira sexta do ano, entre Sindicato e gestão nacional do plano

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Ano novo, demandas antigas, mas com boas notícias e encaminhamentos à vista. Na primeira sexta-feira do ano (5), o Sindicato dos Bancários, representado pela presidenta, Tatiana Oliveira, e os dirigentes, Everton Cunha e Cristiane Aleixo, todos empregados da Caixa, além da coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt; reuniram-se com a gestão nacional do plano em busca de respostas às demandas antigas.

A principal delas é em relação à rede credenciada no Pará. O banco informou que, desde o ano passado, destacou uma pessoa exclusivamente para ir em busca de ampliar a rede de credenciados e resolver outros problemas apresentados pelos usuários e usuárias do plano no Pará. Os representantes da Caixa também informaram que têm buscado uma série de medidas para mitigar diversos problemas do plano nos estados onde a situação é considerada mais crítica: Acre, Pará, Rondônia e Maranhão.

Para todas as unidades federativas do país, o plano abriu prazo para que os beneficiários indicassem hospitais e clínicas, bem como profissionais. No total foram cerca de 8.000 indicações, dessas apenas 23 no Pará, das quais 11 foram efetivadas somando 86 novas especialidades cobertas pelo Saúde Caixa.

“Ainda que em números reduzidos, podemos considerar sim um pequeno avanço diante do esforço da gestão do plano em melhorar e ampliar a rede credenciada em nosso estado, principalmente nas regiões de Santarém e Marabá, que felizmente foi também onde se concentrou os novos credenciados. A exemplo de Marabá, município que agora já tem à disposição serviço odontológico pelo Saúde Caixa”, destaca Tatiana Oliveira.

Segundo o plano, são várias as dificuldades encontradas para conseguir novos credenciados: profissionais pessoa física – vinculados ao sistema público de saúde; ausência de legalização nos órgãos reguladores; dívidas de tributos; ausência de interesse em firmar contrato com operadoras de saúde; ausência de contato atualizado; recusa de ligações; dificuldade para falar com os responsáveis (secretárias não transferiam as ligações); ausência de prestadores na imensa maioria dos municípios; empresas com CNPJ irregular junto a Receita Federal; e ainda recusa em emitir nota fiscal.

Em Santarém, no oeste do estado, por exemplo, um hospital se descredenciou, mesmo diante de várias tentativas do Saúde Caixa para que o desligamento não acontecesse; mas a instituição perdeu o interesse porque visava garantir a isenções fiscais, cujo critério é de 70% do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda de acordo com a gestão nacional do Saúde Caixa, denúncias de mau atendimento do atual hospital parceiro estão serão apuradas.

Já em Marabá, no sudeste paraense, um mês após ser credenciado, um hospital foi vendido e os novos donos não quiseram manter o convênio. Outra instituição demonstrou interesse, passou por todo o processo de credenciamento e na hora de firmar o convênio, desistiu.

Novamente, o Sindicato sugeriu que seja realizada parceria com outros planos que operam nas regiões críticas do Estado do Pará, mesmo que seja de forma pontual para garantir os serviços não cobertos por rede própria. A Caixa alegou que há entraves nesta opção, pois envolve elevação do custo, mas o Sindicato insistiu que seja resolvida a falta de acesso e os representantes do banco disseram que debaterão internamente, não descartando a possibilidade sugerida.

Mais reclamações

Na reunião de hoje, que foi no formato virtual, o Sindicato lembrou que o aplicativo do Saúde Caixa está com muitas informações desatualizadas, principalmente em relação à rede credenciada. O banco informou que no final do ano foi feita uma ação para sanar esse problema, e que se houver novas reclamações que o banco seja comunicado o mais breve possível.

Outro meio de comunicação disponibilizado pelo plano é a central de atendimento que também foi alvo de reclamações de usuários e usuárias, que ao recorrerem à central no lugar do aplicativo, receberam informações desatualizadas ou não tiveram sua demanda resolvida. A gestão nacional informou que uma empregada do banco foi destacada para acompanhar de perto todos esses problemas diretamente com os beneficiários e beneficiárias do Saúde Caixa.

Além disso, foi solicitado que qualquer outro tipo de reclamação sobre a central que quando for repassada à ouvidoria que seja informado junto horário, dia e protocolo do atendimento para que a gravação seja resgatada, ouvida e analisada.

Clínicas multidisciplinares

Desde julho de 2022, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou uma normativa que ampliou as regras de cobertura assistencial para usuários de planos de saúde com transtornos globais do desenvolvimento, entre os quais está incluído o transtorno do espectro autista (TEA).

Com a normativa, passou a ser obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicado pelo médico assistente para o tratamento do paciente que tenha um dos transtornos enquadrados na CID F84, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

A gestão nacional do plano disse que foi feita uma chamada específica para esse tipo de clínica e aguarda interessados.

“Aqui em Belém teve indicação de uma clínica especializada e ficamos no aguardo em saber se ela atende às exigências do plano para se credenciar. É uma necessidade urgente das famílias que têm pessoas com esse tipo de transtorno. O tratamento não pode esperar e enquanto isso, os colegas precisam recorrer ao atendimento privado, pagar e solicitar reembolso, e nesse sentido, o banco informou que o Pará está na lista de prioridade para ressarcimento”, explica a diretora do Sindicato, Cristiane Aleixo, que é bancária da Caixa.

Pesquisa de satisfação

Acesse AQUI e responda a pesquisa de satisfação do Saúde Caixa e ajude o Sindicato a lutar por mais qualidade do plano em todo Pará. “Por isso é importante a participação de todos os usuários e usuárias nessa pesquisa, o relatório final será apresentado à gestão nacional do Saúde Caixa como forma de corroborar todas as nossas reivindicações que felizmente já estão sendo tratadas”, finaliza o dirigente sindical e bancário da Caixa, Everton Cunha.

 

Fonte: Bancários PA

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