Sindicato cobra mais segurança em reunião com a Secretaria de Segurança Pública

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O número de “saidinhas bancárias” apresentou redução no Pará esse ano, segundo dados da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal. Foram 105 ocorrências registradas nos cinco primeiros meses de 2012 contra 151 no mesmo período do ano passado. Mas para o Sindicato dos Bancários muito ainda precisa ser feito para combater assaltos a bancos e seqüestros de bancários principalmente no interior do Estado.

Rosalina Amorim ressaltou que transporte de valores nã é de responsabilidade da categoria“Uma das medidas que com certeza iria contribuir para uma redução significativa de seqüestros é em relação ao transporte de valores e guarda das chaves do cofre dos bancos que deveria ser feito por uma empresa de segurança especializada e não por bancário. Os bancos precisam investir em mais segurança para seus funcionários, clientes e usuários”, ressalta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Para construir estratégias de segurança bancária, e também pública, mais eficazes, o Sindicato em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública, Siac, Polícia Militar, Ministério Público do Pará e representantes dos bancos e correspondentes bancários, estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (27) no Comando Geral em Belém.

Uma das sugestões de prevenção ao crime organizado sugerida durante o encontro é a de responsabilizar os bancos quando um crime acontece dentro da agência, quando um bancário é seqüestrado ou quando um cliente é vítima de saidinha às proximidades da instituição financeira.

Além disso, os bancos devem reforçar a segurança dos caixas eletrônicos instalados fora das agências. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nos três primeiros meses do ano, os ataques aos terminais cresceram 119 % se comparado com o mesmo período de 2011.

Para o Sindicato, a Lei Estadual 7.013/2007, que tornou obrigatório a instalação de portas giratórias nas agências bancárias em todo o Pará, é outra medida eficaz de combate a insegurança bancária, mas falta fiscalização.

No ano passado, o Sindicato solicitou ao Ministério Público do Estado (MPE) que cobrasse do poder público esse tipo de fiscalização, porém o caso foi arquivado pelo próprio MPE. Segundo o órgão, o dispositivo de segurança não é um item necessário para coibir os assaltos a bancos. Vale ressaltar que o prédio anexo do Ministério possui uma porta giratória com detector de metais na entrada do imóvel.Para Sandro Mattos, leis sobre segurança bancária precisam ser cumpridas mas falta fiscalização

“Outro reforço no combate a insegurança bancária é projeto de lei de autoria do deputado federal Edilson Moura que aguarda sanção do governador do Estado desde o ano passado quando foi aprovado na Assembleia Legislativa. De acordo com o projeto, os bancos são obrigados a instalarem barreiras visuais que assegurem a privacidade das transações bancárias”, destaca o diretor do Sindicato, Sandro Mattos.

Bancos não investem e não se preocupam com a segurança – Durante o encontro, os participantes lamentaram a ausência de representantes dos bancos privados. Mais uma prova de que as instituições financeiras não estão preocupadas com a segurança bancária.

Segundo dados do Dieese, com base nos balanços dos cinco maiores bancos do país, as despesas de segurança e vigilância atingiram R$ 2,6 bilhões em 2011, uma média de 5,2% em comparação com os lucros gigantescos de R$ 50,7 bilhões no período.

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Fonte: Bancários PA

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