Sindicato cobra soluções para a PSO Belém

0

O Sindicato dos Bancários do Pará requereu via ofício protocolado em mesa de negociação em Brasília no dia 29/08, soluções para diversas demandas da Plataforma de Serviços Operacionais (PSO) de Belém.

O diretor de Saúde e Seguridade Gilmar Santos, que também participa da mesa de negociação com o BB como representante suplente da FETEC-CN na mesa, resumiu aos negociadores do Banco os problemas da PSO cujos principais referem-se à dotação insuficiente e extrapolação de jornada sem o intervalo devido legal, entre outros.

Para a presidenta do Sindicato Rosalina Amorim essas solicitações foram construídas ouvindo os funcionários lotados na plataforma. “Fizemos duas reuniões com escriturários, caixas e gemods em 2012 e 2013. Reunimos institucionalmente com os gestores da PSO em julho, colhendo, apresentado demandas e cobrando soluções. Recorremos à mesa de negociação como forma de oficializar nossa demanda local e iremos acompanhar as solicitações”, afirma Rosalina.

Já Fábio Gian, funcionário do BB e diretor do Sindicato, lembra que a oficialização é importante, mas que precisa ser levado em consideração a correlação de forças entre os trabalhadores bancários e o Banco do Brasil. “Como toda conquista só é oriunda da luta, um bom momento para demonstrarmos nossa força e organização é nesta campanha nacional, já que estamos sem resposta para a grande maioria dos pontos da nossa pauta de reivindicação”, finaliza Fábio.

Abaixo o teor do documento que fora protocolado na última quinta.

Ofício SEEB PA/ – PRESI Nº. 328/2013.

Belém (PA), 29 de agosto de 2013.

Ao Senhor
Carlos Eduardo Leal Neri
Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas
Banco do Brasil

Senhor Diretor,

O Sindicato dos Bancários do Pará vem respeitosamente apresentar a esta diretoria os problemas hoje enfrentados pela PSO Belém, relatando seus problemas e apresentando soluções para os mesmos.

Temos a informar que reunimos, institucionalmente, com a PSO Belém e apresentamos tais problemas. Entretanto, sabemos das limitações nas atribuições dos gestores locais das Plataformas, pelo que entendemos direcionar este ofício a diretoria da empresa, protocolando o mesmo em mesa de negociação.

Desde a implantação da PSO Belém no primeiro semestre de 2012, já havíamos informado ao Banco por intermédio dos gerentes de divisão da DINOP em Belém que o número de funções de caixas que iriam migrar já eram insuficientes visto que a movimentação considerou tão somente o número de caixas efetivos das agências. Assim, desde a migração ocorrida no estabelecimento da PSO Belém, a estrutura de caixas que já considerávamos insuficientes para atendimentos a clientes e usuários nas baterias de caixas, foram agravadas.

Para tentar corrigir essa deficiência a empresa passou a exigir com grande frequência que os escriturários vinculados à Plataforma passassem a exercer a função de caixa, porém sem a devida efetivação na função, fato que já ocorre há mais de um ano com diversos escriturários nos SOPs, pelo que entendemos que há, dessa forma, a necessidade mais do que explícita de efetivá-los como caixas.

O grande volume de trabalho acumulado nos SOPs também reflete na jornada de trabalho dos bancários lotados na PSO posto que há, com grande frequência, a exigência de prorrogação de jornada, motivo pelo qual também entendemos haver necessidade de aumento do quadro do número de funcionários na Plataforma, especialmente de caixas. Nas projeções feitas por este Sindicato a partir de visitas sindicais, bem como de reuniões com diversos funcionários, chegou-se a conclusão de que um acréscimo de 10 (dez) caixas e 2 (dois) gerentes de módulo seria razoável para atendimento de clientes e usuários do município de Belém, considerando a legislação vigente em relação ao tempo de fila, bem como da ética na condução dos aplicativos da empresa, especialmente do Gerenciador de Atendimento (GAT).

Este Sindicato constatou ainda, na PSO Belém, que ocorre com certa frequência intervalos de refeição de apenas 15 minutos para os caixas nos casos em que há extrapolação da jornada de seis horas, levando a situações de gestão temerária na empresa, bem como de prejuízo à saúde do trabalhador, além de descumprimento da legislação trabalhista.

O número insuficiente de funcionários do segmento gerencial aliado a instituição da lateralidade faz com que, na ausência dos gerentes de módulos dos SOPs, caixas absorvam a função de gerentes sem a devida contra prestação salarial, levando a desvio de função, fatos que observamos in loco em diversas agências da PSO Belém, infringindo a legislação trabalhista, sendo contrários aos princípios éticos elencados pelo próprio Banco.

Outro fato também visto na PSO Belém quando das visitas sindicais foi a extrapolação da jornada além das 8 (oito) horas, sendo que expressamos aqui nossa preocupação com a saúde do trabalhador, já que por lei o trabalho bancário é de seis horas, sendo a exceção a prorrogação até duas. Trabalho acima de 8 horas, aliado ao fato de intervalos de menos de 1 (uma) hora somado a uma atividade de risco como nos casos de ocorrências de diferenças, criam situações de grande risco para os caixas da empresa.

Por último, com a diminuição do encaixe (limite máximo de numerário por TAA) e o retorno da função de abastecimento nos SOPs fazendo com que os terminais sejam abastecidos diariamente, em alguns casos mais de uma vez, trouxeram novas atribuições e grande volume de serviços à Plataforma. Mesmo com as novas tarefas e com a necessidade de mais contratação, o Banco do Brasil não aumentou a dotação da PSO. Alertamos ainda que, com a retirada da vigilância 24 horas das agências, retornaram a cidade de Belém, em 2013, casos de furtos aos TAAs, envolvendo tentativas e crimes efetivados, posto que nosso Estado, e agora a capital dada a retirada da vigilância contínua, apresenta grande número de assaltos contra bancos, um deles tendo inclusive vitimado um funcionário do Banco do Brasil, barbaramente assassinado em dezembro de 2012.

Diante dos fatos aqui apresentados, o Sindicato dos Bancários do Pará, entidade de classe que defende os direitos e interesses coletivos e individuais da categoria bancária, requer desta diretoria do Banco do Brasil:

– A efetivação como caixas dos escriturários que frequentemente substituem os caixas nas agências;

– O respeito ao intervalo mínimo de uma hora quando ocorrer a extrapolação da jornada de seis horas;
– O aumento da dotação de 10 (dez) caixas e de 2 (dois) gerentes de módulo, fato que acreditamos daria fim ao desvio de função, bem como do fim real de jornadas acima de 8 horas e

– Retorno ao serviço de vigilância 24 horas nas agências.

Sindicato dos Bancários do Pará

Comments are closed.