Sindicato e Banpará avançam no debate sobre combate ao coronavírus

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A semana chega ao final com muitos debates acumulados entre as partes e com garantias importantes para o funcionalismo

Na próxima terça-feira, 16 de junho, pela manhã, Banpará e Sindicato dos Bancários voltam a debater a proposta de compensação das horas dos bancários e bancárias que são do grupo de risco e estão em isolamento social, em suas casas, porém sem desenvolver o teletrabalho até o momento. É um total de 439 bancários, mas a maioria está em teletrabalho, segundo o banco.

Em mesa, o banco afirmou que, ao retornar ao trabalho, esse pagamento de horas seja tranquilo, que observe a disponibilidade dos empregados e que seja negociado com cada gestor de unidade.

Esse foi o compromisso assumido pelo diretor administrativo do Banpará, Paulo Arévalo, na reunião mantida por vídeoconferência com o Sindicato, nas pessoas da vice-presidenta Tatiana Oliveira e pela diretora da entidade, Vera Paoloni. Pelo banco também participou a assessora da DIRAD, Luana Pontes.

Confira os pontos abordados na reunião de hoje 12/06:

– BANCO DE HORAS: Sindicato e banco debateram mecanismos e prazos para a compensação das horas negativas deste mês de junho e, se o afastamento se mantiver em julho e meses seguintes, houve compromisso de seguir o debate na mesa de negociação permanente e chegar numa forma de pagamento mais benéfica ao bancário. As indagações são diversas: quantas horas por dia a mais da jornada? A ser pago em quanto tempo? Banco propõe até um ano e meio para pagar essas horas. Quem tem estoque de folgas, licença-prêmio pode, se assim o desejar, abater parte das ausências com esse estoque. Mas poderá jogar todo o tempo não trabalhado para o banco de horas negativo por conta da pandemia. Na segunda-feira (15) teremos um quadro mais completo, pois o banco deve formalizar a proposta e apresentar dados detalhados sobre este público.

– TESTES: O Sindicato indagou quando inicia a testagem dos colegas da Região Metropolitana. O Banco informou que ainda não começou, por que houve um questionamento do Ministério Público sobre o valor, pois no momento em que fechamos o acordo eram mais caros do que os praticados atualmente e, devido a esse questionamento, na segunda-feira (15) haverá outra chamada pública de empresas para aquisição dos testes para detecção de Covid-19 em valores atuais.

– AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: Sindicato propôs que as regras para avaliação de desempenho não sejam adotadas agora, por conta da pandemia. Banco informou que a última avaliação feita foi baseada no 2º semestre de 2019.

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AMPLIADO: Sindicato propôs que seja ampliado o atendimento psicológico em número de profissionais e citou como exemplo o atendimento de psicologia da Universidade Federal do Pará e da Unimed. Banco deve verificar como viabilizar a proposta.

– RETORNO DE CURADOS DE COVID-19: Banpará apresentou a proposta de que colegas do grupo de risco que tenham sido contaminados pelo Covid-19 e estejam curados, possam retornar ao trabalho, caso assim queiram, após avaliação clínica. Sindicato ficou de analisar a proposta.

– Fundo Esperança: A abertura de agências de Belém vai acontecer neste sábado, das 8h às 14h, com parte do funcionalismo de cada agência (atendimento e caixas) para atender ao pagamento do Fundo Esperança, independentemente da data de aniversário do beneficiário. A única agência que não abrirá é a Empresarial (veja a lista ao lado). Este assunto não foi tratado na mesa.

 

Para a vice-presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, “neste momento tão desafiador que estamos passando como sociedade e como categoria, manter o diálogo aberto, de olho na saúde e nos direitos do funcionalismo do Banpará, é a aposta mais acertada. É muito gratificante ver que a atuação e a luta sindical está viva e temos recebido contatos diários sobre dúvidas e orientações a respeito das negociações”.

“A mesa de negociação está andando. Nossa proposta é sempre proteger o colega que está no trabalho presencial e também o que está afastado, por ser do grupo de risco, buscando sempre o que for mais benéfico. Olhar, por exemplo, como pagar as horas negativas e não ampliar muito a jornada, não esticar muito o tempo. Sempre de olho em proteger a vida, sem abrir mão de direitos. Então, se colegas querem manter parte de folgas ou licença-prêmio, informem isso ao banco e digam se querem todas as ausências para o banco de horas negativo. Esse pagamento das horas não será feito em agosto, vai ter um tempo mais longo e é o que estamos debatendo com o banco”, conclui a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

Fonte: Bancários PA

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