Sindicato garante 2h de paralisação por mais respeito e valorização no HSBC

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Funcionários do HSBC no Brasil exigem respeito e valorizaçãoBancários e bancárias do HSBC no Brasil estão insatisfeitos com o tratamento que o banco britânico vem dando aos trabalhadores aqui no país. Mesmo apresentando a maior rentabilidade para o banco em todo o mundo, no lugar de respeito e valorização, o funcionalismo enfrenta demissões, rotatividade e adoecimento. Já os clientes, altas taxas, tarifas e filas.

Informativos-foram-distribuídos-à-população-explicando-os-motivos-da-paralisaçãoPor esses e outros motivos, o Sindicato dos Bancários do Pará paralisou, nesta terça (25), o atendimento em 2h na matriz do banco em Belém para exigir melhores condições de trabalho, respeito e valorização.

“Se o HSBC teve lucro líquido de mais de R$ 1 bilhão no ano passado aqui no Brasil foi graças à dedicação e empenho dos bancários e bancárias, que em contrapartida viram mais de 1.000 colegas de trabalho serem demitidos por uma mão de obra mais barata. Coisa que só acontece aqui no país”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Sérgio-Trindade-criticou-a-postura-do-HSBC-no-Brasil“Para aumentar ainda mais a lucratividade, o HSBC reduz o número de funcionários, piora os serviços oferecidos e aumenta as tarifas e taxas cobradas dos clientes, ou seja, nessa equação quem só ganha é o banco, e o funcionalismo e clientes sofrem”, destaca o vice-presidente da Fetec-CN, Sérgio Trindade.

Em solidariedade aos trabalhadores no Brasil, bancários e bancárias de outros países onde têm HSBC também decidiram protestar na data de hoje.

Eliana-Lima-é-uma-das-vítimas-das-metas-abusivasA diretora do Sindicato que também é funcionária do banco, Eliana Lima, teve que ficar alguns meses afastada do trabalho para tratamento. “Adoeci por conta de tanta pressão por metas, e infelizmente eu não sou a única vítima dessa exploração desumana, outros colegas meus também são. Quem não bate a meta em até 3 meses é demitido. Diminuem os caixas, aumentam as filas, e mais bancários adoecem, e mais clientes insatisfeitos”, desabafa.

Pauta de reivindicações – Os representantes dos trabalhadores entregaram, no dia 19, à direção do banco, a pauta de reivindicações específica construída no Encontro Nacional dos Funcionários, realizado em Curitiba nos dias 15, 16 e 17 de maio.

As prioridades definidas pelos trabalhadores foram: o fim das demissões e a implantação de dispositivos de garantia de emprego, bem como a contratação urgente de mais bancários, o fim das terceirizações; a discussão de um plano de cargos e salários (PCS) para acabar com a atual distorção salarial entre os funcionários que ocupam os mesmos cargos e implantar uma nova tabela salarial, que preveja entre outras pontos a antiguidade e critérios de evolução vertical na empresa, a revisão dos programas de remuneração variável (PPR) e o tratamento dispensado aos acometidos por doenças ocupacionais, afastados ou não do trabalho, plano de saúde e assédio moral.

A primeira rodada de negociações está marcada para o dia 2 de julho.

Fonte: Bancários PA, com Contraf-CUT

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