Sindicato orienta NÃO ADESÃO ao PDV no Banpará. Mas quem abraçou Jatene quer melhorias

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Cobramos mais uma vez da AFBEPA, que durante as eleições de 2010 percorreu o BANPARÁ afirmando que o candidato Jatene se comprometeria com o futuro do Banco e de seus funcionários, semeando ilusões, que volte ao Governador e cobre explicações do seu aliado de ocasião. Foto: Site Jatene 45 Governador, outubro de 2010.Novamente a direção do BANPARÁ, seguindo a lógica neoliberal dos tucanos, apresenta uma proposta que mira a dignidade e a estabilidade do trabalhador: agora, é anunciado um PDV para os bancários e as bancárias com mais de 20 anos de banco.

Enquanto nos bancos federais, como na Caixa e no Banco do Brasil, são apresentados planos de aposentadoria antecipada, onde aqueles que aderem mantém sua renda para o resto da vida, no Banpará, a lógica imposta pelo Governo Jatene, que é quem manda na administração do banco, é a da demissão pura e simples, onde se dá um valor irrisório ao trabalhador em troca de um futuro incerto e sem renda.

Ironicamente, a direção do Banco apresenta o PDV como “parte da política de valorização dos funcionários e melhoria da qualidade de vida”.

Os espertos diretores do Banpará deveriam perguntar para os milhares de bancários que aderiram aos PDV’s tucanos da década de 1990, como ficou sua qualidade de vida após terem aderido aos milagrosos planos que prometiam mundos e fundos para sua vida pós-banco.

Na verdade, com raras exceções, a grande maioria se deu muito mal após gastar sua indenização com empreendimentos mal formulados, visto que nunca foram treinados para serem empreendedores e nem estavam familiarizados com o mundo dos negócios.

PDV só é saída fácil para a empresa que quer enxugar seus custos economizando com seu quadro de pessoal. No caso do Banpará, a cada dia fica mais claro que a lógica da privatização é a que foi escolhida pelo Governo Jatene, com a cumplicidade ativa da direção do Banco.

Aderir ao PDV, para os funcionários, significa abrir mão da sua remuneração mensal em troca de migalhas, que na maioria das vezes representará menos do que um ano de remuneração do que se mantivesse na ativa.

Para o Governo Jatene o PDV significa um caminho fácil e seguro para a privatização da empresa, já que o banco se livra dos maiores salários, tendo apenas a obrigação de mais um ano de tíquetes e plano de saúde.

Este Sindicato não acredita que exista PDV bom ou PDV ruim. Todo processo de demissão, principalmente de demissão em massa, é lesivo ao conjunto dos trabalhadores e a cada um que, individualmente, aderir, além de fragilizar a empresa, notadamente a empresa pública.

Estranhamos o fato de a AFBEPA não se dar conta das implicações de um PDV para o futuro dos funcionários que aderirem e para o futuro do Banpará. Neste momento, mais uma vez, era para a AFBEPA, que possui o dever estatutário de defender o Banpará, se posicionar CONTRÁRIA a qualquer PDV e não pedir melhorias neste PDV, como se isso fosse possível.

Cobramos mais uma vez da AFBEPA, que durante as eleições de 2010 percorreu o BANPARÁ afirmando que o candidato Jatene se comprometeria com o futuro do Banco e de seus funcionários, semeando ilusões, que volte ao Governador e cobre explicações do seu aliado de ocasião.

Afinal, se ontem a AFBEPA se abraçou com Jatene para semear ilusões nos empregados, que volte agora para tentar minimizar a administração desastrosa que ele impôs aos funcionários do Banpará.

Sindicato dos Bancários do Pará

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