Sindicato reúne-se com Bradesco para cobrar pendências

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Reunião Bradesco 11.03Na terça-feira passada (11), o Sindicato dos Bancários cobrou mais uma vez junto à gerência regional do Bradesco em Belém o reforço na segurança das agências e postos de atendimento bancário em todo o Pará. Há dois anos as unidades na Augusto Montenegro, Marituba e em outros municípios do estado funcionam sem porta giratória.

“Vivemos num dos estados mais violentos do país e alvo bastante procurado pelas quadrilhas de assalto a banco. O mínimo que um banco pode fazer para coibir ações desse tipo é investir na segurança e proteção de seus funcionários, clientes e usuários. Além da segurança, a reunião foi também para cobrar a regularização nas promoções e melhores condições de trabalho para os bancários e bancárias do Bradesco”, afirmou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Segundo denúncias que chegaram à entidade, tem bancário que já deveria ter sido promovido e ainda não foi. Além disso, o Sindicato questionou sobre os serviços de processamento de envelopes que estaria sobrecarregando os bancários. “Antes e nem em todas as agências, esse tipo de serviço era feito por uma empresa terceirizada, o que não é o ideal. O certo é esse tipo de serviço ser feito por bancário, mas para que isso ocorra sem acúmulo de funções, é necessário a contratação de mais trabalhadores e trabalhadoras, o que não vem ocorrendo”, destacou a diretora do Sindicato e funcionária do Bradesco, Heládia Carvalho.

Correspondentes bancários – A superlotação nas agências é reflexo da necessidade de contratação de mais bancários e bancárias para as agências. O fim de um correspondente bancário do Bradesco que funcionava numa rede de farmácias deixou o problema da superlotação ainda pior.

“Os correspondentes nada mais são que agências bancárias com algumas restrições e principalmente sem segurança. Foram criados na verdade para segregar a população com maior e menor poder aquisitivo e pagar salários menores a trabalhadores que desenvolvem a mesma função de um caixa na agência. Defendemos que os serviços bancários sejam oferecidos nas agências e postos de atendimento bancário e por intermédio de bancários contratados diretamente pelos bancos, mas para isso é necessário mais contratações”, defendeu o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Saulo Araújo.

Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) requereu o enquadramento dos operadores de caixa como correspondentes bancários, com todos os direitos assegurados da categoria, além do pagamento pela ré de R$ 500 mil a título de danos morais coletivos.

“Os bancários são uma categoria organizada, forte, e tem uma convenção coletiva importante, então, a minha ação é putada nesse sentido: enquadrar os empregados do Big Serviços nas mesmas condições dos bancários”, explicou o procurado do Trabalho, Hideraldo Machado.

Segundo denunciado ao MPT, dentre as funções acumuladas por ex-funcionários do correspondente em questão constavam o trabalho no caixa, o repasse de dinheiro do caixa para o cofre, e deste para os carros-fortes das empresas de transporte de valores. Outras irregularidades como jornada de trabalho excessiva, anotação irregular das horas trabalhadas e descontos indevidos no salário, quando do não fechamento das contas do caixa, também foram verificadas.

A sentença proferida em 1º grau considerou configurado o desvio de função dos empregados e, ainda, que o quadro normativo celetista dos bancários é extensível a esses trabalhadores, tendo em vista a similaridade das tarefas de ambos. A justiça também determinou a observância ao adequado controle de jornada dos profissionais, porém não acatou o pedido de condenação por danos morais coletivos da empresa, tampouco o pedido de aplicação das normas coletivas dos bancários aos correspondentes. O MPT recorreu da sentença e aguarda nova decisão.

Fonte: Bancários PA, com PRT 8ª Região e jornal O Liberal

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