Tarifas bancárias sobem acima da inflação

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 As tarifas bancárias subiram mais de três vezes acima da inflação em maio, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados na terça-feira 22 pelo IBGE. Enquanto a inflação no mês ficou em 0,51%, as tarifas cobradas pelas instituições financeiras subiram 1,66%, o maior reajuste desde julho de 2011.

Os dados do IBGE indicam que os bancos estão tentando compensar a queda dos juros – estimulada pelo governo federal por meio das reduções na Caixa e BB – com o aumento das taxas dos serviços. Tendência já verificada no IPCA de abril, que identificou aumento de 1,42% nas tarifas bancárias. O Banco Central pediu explicações ao IBGE sobre o aumento apontado no IPCA-15.

Bancos baixam juros, mas elevam tarifas

Diante da estratégia das instituições financeiras, o governo decidiu, também, publicar as tarifas cobradas por cada banco nas operações de crédito e nos serviços mais usadas pelos consumidores. Segundo informações do Valor, a tabela já está pronta e vai comparar 10 tarifas, mas ainda está sendo trabalhada pelo Banco Central, responsável por transformar a linguagem técnica em informações claras aos clientes, ou seja, em um bom produto e mais um aliado na tentativa do governo de levar os bancos a reduzir seus ganhos.

Ainda segundo o Valor, a lista deve conter, entre outras, as tarifas de transferência de recursos e do cheque especial, e tornará claro o custo total de algumas operações de crédito – nas quais entram, além dos juros, o preço das taxas administrativas. Segundo fonte do governo ouvida pelo jornal, trata-se de uma questão de transparência.

Congresso – A guerra contra o abuso dos bancos no preço das tarifas também ganhou aliados na Câmara Federal. A Comissão de Defesa do Consumidor instala na quarta-feira 23 uma subcomissão para investigar as taxas bancárias, em especial os reajustes aplicados nos últimos meses. Segundo o autor da iniciativa, deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), a tarifa bancária subiu mais de 400% nos últimos oito meses e continua liderando o ranking de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.

 

Fonte: com informações do Valor e da Agência Brasil

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