Um filhote da ditadura chamado Jair Bolsonaro

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*Por Adilson Barros

As declarações preconceituosas contra negros e homossexuais no programa CQC em março, do então deputado federal Jair Bolsonaro leva à tona um novo debate na alteração do Código de ética. É preciso criar novas punições no Código. E sirva também de exemplo para todos os parlamentares que usam da prerrogativa da imunidade para falar tolices ao seu bel  prazer.

Essas declarações do senhor Bolsonaro são muito perigosas, elas estimulam ainda mais o ódio e a intolerância contra a população LGBT, acabam ferindo a liberdade de  expressão. Fere também os princípios da democracia ao povo brasileiro E isso  nós  combatemos.

O Deputado Bolsonaro é um inconseqüente, devido ao seu mau comportamento como parlamentar, tem incentivado cada vez mais o preconceito e a intolerância em nosso país. Violência nas escolas, expulsão de filhos de sua casa pelos seus familiares, demissões em empresas, assassinatos, e muito mais.

Há muito tempo que este senhor tem uma postura “nazifacista” e nefasta com as chamadas “minorias”. Essas práticas racistas e homofóbicas, já estão ultrapassadas, acreditamos que  vive ainda numa sociedade feudal, onde se você não “andar na linha” será queimado na fogueira. Ou pensar nas praticas de tortura nos tempos da ditadura, seriam fuzilados ou desaparecidos.

Dizer que seus filhos jamais casariam com uma mulher negra, que eles tem boa educação para não nascer homossexuais, e que torturaria um se o pegasse fumando maconha, é o cúmulo do absurdo e da ignorância. E ainda afirma estar se lixando para o movimento gay.

É preciso lembrar que a lei Caó-7716/89 criminaliza as  práticas de racismo, e que ela serviu de exemplo para todo mundo. E a de combate a homofobia deve sair do papel em breve, evitará tal tipo de prática.

Reafirmamos que o movimento LGBT, está há mais de 30 anos na luta por sua cidadania, respeito e dignidade, e que não vai tolerar mais nenhuma forma de preconceito e perseguição.

É lamentável um político desta natureza ainda seja reeleito fazendo declarações escabrosas na televisão. Seus eleitores devem repensar para NÃO desperdiçar mais uma vez seu voto para este parlamentar.

Os movimento civis organizados já fazem pressão para um pedido de cassação do parlamentar, que representa um projeto político muito ultrapassado. A CUT e o Sindicato dos bancários repudiam o parlamentar, e endossam todas as representações apresentadas por parlamentares.

Vamos continuar na luta para que seja aprovada a lei anti-homofobia, o PL 122/2006, que criminaliza quem violenta e matam homossexuais.

RACISMO É CRIME!!
DIGA NÃO A HOMOFOBIA!!

*Adilson Barros é Diretor do Sindicato dos Bancários e membro do coletivo LGBT da CUT-RJ.

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