Variante delta ameaça recuo da pandemia. Brasil chega a 536 mil mortes

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A covid-19 segue letal no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.605 mortes pela doença, e o país se aproxima de 536 mil vidas perdidas na pandemia. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, 535.838 brasileiros morreram em decorrência do vírus até o momento. Os novos casos de ontem para hoje foram 45.022, totalizando 19,152 milhões desde o início da pandemia. Com taxa de mortalidade 4,4 vezes superior à média mundial, o Brasil segue como epicentro da covid-19 no mundo. Em 2021, é o país onde mais pessoas morreram da doença, apesar de o avanço da vacinação começar a dar sinais positivos. Embora com atraso, o processo de imunização já salvou, a partir de estimativas conservadoras, ao menos 60 mil. Em números gerais, a disseminação do vírus também segue uma tendência de recuo. Porém, ainda com incertezas quanto ao potencial de disseminação da variante delta.

              Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

A média móvel de mortes, calculada em sete dias, é a menor desde o dia 2 de março. No período, foram 1.278 vítimas diárias. Em relação à média de novos casos, o indicador está fixado em 42.425, menor desde o dia 7 de janeiro. As curvas epidemiológicas apontam para declínio aparente do surto em todo o país. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) todos os estados apresentam tendência de recuo.

Cenários

Outro indicador positivo é a taxa de contágio, divulgada semanalmente pelo Imperial College de Londres. Pela terceira semana consecutiva, o índice apresentou queda no Brasil. A taxa denominada RT mede o potencial de disseminação do vírus. O valor do Brasil recuou de 0,91 para 0,88 nesta semana. Na prática, isso significa que a cada 100 pessoas contaminadas, elas passam a covid-19 para 88. Além disso, duas semanas de taxa RT abaixo de 1 significam recuo e tendência de arrefecimento no surto.

O avanço da vacinação no Brasil está diretamente relacionado com o recuo do vírus. As internações e mortes entre as faixas etárias mais elevadas, que já foram imunizadas, estão em queda. Por outro lado, o fim das medidas não farmacológicas de proteção contra a covid-19, como isolamento social, resultam no rejuvenescimento da pandemia. “As faixas etárias de 60 a 69 anos, 70 a 79 e acima de 80 voltaram ao patamar de outubro de 2020, enquanto os demais segmentos seguem bem acima, sendo superiores aos picos do ano passado, segurando a incidência na população em geral nesse patamar”, afirma o último boletim epidemiológico da Fiocruz.

A Rede Brasil Atual utiliza informações do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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