Mobilização da categoria força Banco da Amazônia a responder demandas dos empregados

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A mobilização dos empregados e empregadas do Banco da Amazônia provocada pela convocação da assembleia realizada nessa quarta-feira (3) forçou a instituição a responder ao Sindicato dos Bancários uma série de demandas dos trabalhadores que também estavam reprimidas, as quais foram informadas na atividade de ontem. Confira abaixo:

PLR – Conforme já noticiado (clique aqui), na assembleia dessa quarta-feira (3) os empregados do Banco da Amazônia decidiram por aguardar a mesa de negociação com o banco agendada para essa sexta-feira (5), às 14 horas, na matriz da empresa, a qual vai discutir a PLR 2016 dos empregados, para decidir sobre possível paralisação para garantir esse direito.

Uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira (9), às 19 horas, na sede da entidade sindical, para avaliar a proposta de PLR e deliberar sobre a mesma.

PCCS – Foi informado na assembleia que o Banco da Amazônia enviou no último dia 27 de abril, um dia antes da greve geral, um ofício à Contraf-CUT convocando reunião com as entidades sindicais para uma reunião no próximo dia 25/05, às 8 horas, na matriz da empresa, para apresentar o novo modelo de gestão e acolher contribuições para os subprojetos relacionados ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários (clique aqui).

No dia 30 de março o Sindicato dos Bancários realizou ato público em frente à matriz do banco e distribuiu informativo para denunciar que no dia 17 de março o banco prorrogou para 2018 a conclusão do Projeto de Gestão de Pessoas, o qual já deveria ter sido finalizado em novembro do ano passado, para em seguida ser dado início à mesa de negociação permanente sobre o PCCR.

“Além da prorrogação, denunciamos também que o banco renovou o contrato com a empresa Deloitte, que já recebeu mais de R$ 2 milhões em pagamento e vai receber muito mais pelos próximos anos. Esse caso será encaminhado pelas entidades sindicais ao TCU, CGU e MPF. Pretendemos discutir todos esses assuntos na reunião marcada para o próximo dia 25 de maio”, afirma o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Relações Trabalhistas – O Sindicato também tem realizado intensa mobilização pela instalação das mesas específicas de Segurança e de Saúde dentro do Comitê de Relações Trabalhistas, que são conquistas da Campanha Nacional 2016. Durante a assembleia foi informado que a mesa de segurança já teve início (clique aqui). Porém, a de Saúde segue parada e, por isso, o Sindicato ajuizou Ação de Cumprimento para garantir a efetivação desse direito.

Reestruturação – O Sindicato informou que ajuizou Ação Civil Pública contra o Banco da Amazônia, com pedido de tutela de urgência, para que a instituição seja obrigada a manter em pleno funcionamento as agências Ananindeua Castanheira e a Belém Almirante Barroso.

Na mesma ação, a entidade sindical também pede que o banco seja proibido de reduzir o quadro de empregados e os serviços bancários prestados pelas agências, e no caso de a sentença sair após o fechamento de qualquer uma das unidades, “que a empresa ré seja obrigada a reabrir/reativar a agência bancária, com a mesma dotação de empregados e com os mesmos serviços bancários prestados antes do fechamento”.

“Além dessas questões há rumores de que o banco constrói uma série de medidas de grande impacto no que diz respeito a cortes de funções comissionadas e fusão de gerências. Queremos uma resposta formal do banco sobre isso, pois estamos dispostos a discutir qualquer medida que afete a vida profissional dos empregados do Banco da Amazônia”, destaca o vice-presidente do Sindicato e empregado do banco, Marco Aurélio Vaz.

Desconto da Greve Geral – O Banco da Amazônia informou que irá descontar os dias parados dos empregados que aderiram à Greve Geral do último dia 28/04. Durante a assembleia dessa quarta-feira, a advogada do Sindicato, Drª. Mary Cohen, informou que a entidade sindical busca na justiça do trabalho uma liminar (clique aqui) contra os bancos públicos para evitar esse desconto, tendo em vista que a greve foi amplamente divulgada, obedeceu todos os ritos legais e consistiu em argumento legítimo para a paralisação, a qual suspendeu os contratos de trabalho para a referida data, o que impede as instituições financeiras de descontar a referida data de seus empregados.

 
Fonte: Bancários PA

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